O presidente da Câmara da Guarda disse esta terça-feira esperar que o novo concurso que o Governo vai lançar para a concessão do antigo Hotel Turismo permita reabrir essa unidade hoteleira que está encerrada há vários anos.

Neste momento, acreditamos que tendo flexibilizado mais os requisitos e as exigências legais e também financeiras, e com a procura que há hoje dos territórios do interior e no nosso em especial, (…) entendemos que é viável pegar hoje neste Hotel de Turismo que tem características únicas e de uma beleza que é relevante para promover esta infraestrutura”, declarou Carlos Chaves Monteiro à agência Lusa.

Na opinião do autarca da Guarda, “os operadores irão mostrar-se interessados”, uma vez que “as condições são adequadas”, afastando o cenário de não surgirem propostas. “Esse cenário afastava-o neste momento, porque estou esperançado que seja, de facto, desta vez, que o Hotel de Turismo da Guarda vai abrir portas”, vincou.

Carlos Chaves Monteiro adiantou que alguns operadores turísticos já demonstraram interesse no edifício, por isso acredita que “vão ser apresentadas novas propostas para requalificar e abrir” o equipamento hoteleiro localizado no centro da cidade, que está devoluto desde 2012.

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A autarquia tem um elemento no júri e irá acompanhar “de forma muito direta e com muito interesse que se encontre uma solução definitiva para o Hotel de Turismo da Guarda”, disse.

O Governo anunciou na segunda-feira que vai lançar um novo concurso para a concessão do antigo Hotel Turismo da Guarda, que está encerrado há vários anos e cujo primeiro contrato de concessão teve de ser revogado.

“O imóvel será concessionado por 50 anos para exploração com fins turísticos, por uma renda mínima anual de 35.317,80 euros”, é referido em nota de imprensa enviada à Lusa pelo gabinete do ministro de Estado, da Economia e Transição Digital.

A informação especifica que o espaço será colocado a concurso no âmbito do programa Revive e que o anúncio do concurso aguarda publicação em Diário da República. Esta será uma nova tentativa para que o espaço possa ser recuperado e utilizado, depois de o primeiro contrato de concessão ter sido revogado.

“Em maio de 2018, foi assinado contrato de concessão para a recuperação e exploração deste imóvel pelo consórcio composto pelas sociedades MRG Property, S.A. e MRG — Construction, S.A., mas o projeto não avançou, devido a dificuldades financeiras com que o grupo concessionário, entretanto, se defrontou”, aponta o comunicado.

Acrescenta que “o contrato foi revogado, sendo agora lançado novo concurso que pretende dar, finalmente, uma nova vida a este emblemático edifício da cidade da Guarda, projetado em 1936 pelo arquiteto Vasco Regaleira”.

Os investidores interessados terão um prazo de 120 dias para apresentação de propostas que, além da recuperação do imóvel, promovam a sua valorização através da exploração turística e contribuam para atrair turistas para a região e para gerar novas dinâmicas na economia local.

A nota aponta ainda que o Hotel Turismo da Guarda foi um dos 33 imóveis do lote inicial do programa Revive, uma iniciativa dos ministérios da Economia, da Cultura, das Finanças e da Defesa, que conta com a colaboração das autarquias locais e a coordenação do Turismo de Portugal e que pretende recuperar e valorizar património público devoluto e reforçar a atratividade dos destinos regionais.