Como aguçar o apetite sobre um blockbuster, numa era em que os ditos parecem ter perdido mercado e a ida ao cinema é cada vez mais coisa exótica? Fácil, aparentemente: a melhor forma é fazer um trailer como o mais recente de “Ghostbusters: Afterlife”, o novo capítulo da saga iniciada em 1984:

Naturalmente que convém ter alguma espécie de gosto por este tipo de filmes: entre a ficção científica, o (moderadísimo) terror e a (subtil) comédia. Neste caso, mais subtil que nos filmes originais (o segundo é de 1989), pelo menos tendo em conta o que surge no trailer. “Ghostbusters: Afterlife” anuncia-se mais como uma recuperação da história original que quer chegar a público de há quase 40 anos que agora já não tem espaço nem tempo para as mesmas piadas. E quer também piscar o olho a novas audiências — as de séries de sucesso e reconhecimento crítico como “Stranger Things” (o protagonista é o mesmo, Finn Wolfhard, nada é por acaso) e as que talvez nunca tenham sequer ouvido falar em caça-fantasmas de maneira alguma.

Essencial notar o seguinte detalhe: o filme “Ghostbusters”, de 2016, não era uma sequela, era o que se costuma chamar de “reboot”, a recuperação de um título e de uma ideia, mas com personagens novas e enredos distintos. Aqui, a questão é outra: há uma criança que é neta de um caça-fantasmas original; há espectros e espíritos que parecem regressar de um tempo que já vimos noutras salas de cinema; e há atores das produções originais (ainda que no trailer surjam poucas pistas sobre o assunto).

O filme é produzido por Ivan Reitman (o cineasta que fez os dois primeiros, baseados na história criada por Dan Aykroyd e Harold Ramis) e é realizado pelo filho, Jason Reitman (que já acertou em cheio em títulos como “Thank you for Smoking”, “Juno” ou “Tully”). A estreia está marcada para novembro.

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