Cabo Verde prevê o regresso à normalidade das escolas dos ensinos básico e secundário em setembro, com aulas e tempos letivos completos, garantindo o respeito pelas normas para evitar a propagação da Covid-19, disse esta quinta-feira fonte oficial.

“Nós prevemos iniciar o ano letivo na normalidade, ciente de que depende da evolução da pandemia, mas a pandemia pelo menos tem dado indicações positivas”, disse à agência Lusa a diretora nacional de Educação cabo-verdiana, Eleonora Sousa.

A mesma responsável educativa disse que o Ministério da Educação tem dois cenários, mas está a trabalhar para o regresso às aulas na normalidade, com horários normais, num trabalho que será feito em articulação com o Ministério da Saúde. “Nós vamos manter todas as normas de segurança, em termos de higienização, no âmbito da pandemia”, garantiu a diretora, esperando que até setembro todos os professores e pessoal de apoio operacional nas escolas estejam vacinados.

“São condições que nós temos vindo a criar para a retoma no próximo ano letivo na normalidade, isso porque nós pensamos que, tanto os nossos alunos e alunas, quanto os pais e encarregados de educação, os professores, toda a comunidade educação, é isso que deseja”, referiu.

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A diretora disse que o Ministério da Educação está a criar todas essas condições “pelo bem” das crianças e alunos, dos pais e encarregados de educação e da escola. “Nós temos de ir aos poucos entrando na normalidade, com os cuidados que nós todos conhecemos”.

Para o próximo ano letivo, cujas aulas arrancam em 13 de setembro, as escolas cabo-verdianas pretendem recuperar parte dos conteúdos que não foram lecionados no último ano e meio, em que as aulas foram online e depois em tempo parcial.

Por isso, a diretora nacional de Educação reafirmou que haverá aulas aos sábados, em decisões “muito ponderadas” e tomadas “com muita responsabilidade” e sempre “com muita segurança”.

“E nós vamos acompanhando as recomendações internacionais, as decisões que são tomadas, para, no nosso contexto também, as aulas acontecerem em segurança”, garantiu Eleonora Sousa à Lusa, recordando uma recomendação esta semana da Unicef para a reabertura das escolas encerradas devido a novo coronavírus.

Devido à pandemia da Covid-19, as aulas presenciais em Cabo Verde foram suspensas em março de 2020, no final do segundo período desse ano letivo, e foram retomadas em 01 de outubro em todo o país, e um mês depois na cidade da Praia, mas por três dias por semana e com horários reduzidos.

Durante a suspensão das aulas em 2020, o Ministério da Educação implementou um programa educativo denominado “Aprender e estudar em casa”, aulas na televisão, na rádio e noutras plataformas.

O programa teve como objetivo fazer os estudantes manter o vínculo com o meio educativo e o contacto com os docentes e os conteúdos de ensino-aprendizagem, enquanto estavam em casa por causa das restrições impostas para evitar a propagação do novo coronavírus.

Cabo Verde tinha até quarta-feira um total de 33.682 os casos positivos acumulados de Covid-19 desde o início da pandemia, dos quais 298 óbitos, 32.879 casos considerados recuperados e 484 casos ativos.