A carcaça da baleia de 18,8 metros e 21 toneladas e meia, que se encontrava no porto da Nazaré desde terça-feira passada, já foi removida. As causas da morte ainda são desconhecidas.

As operações recomeçaram na quinta-feira passada às 15h30, mas só às 19h00 é que o o animal começou a ser retirado, com a ajuda da Ecopatrol, empresa contratada pela Câmara Municipal das Caldas da Rainha para realizar a operação.

Os trabalhos foram interrompidos às 00h30, com as complicações da subida da maré, e retomados às 7h00 desta sexta-feira — tendo a baleia sido retirada do porto da Nazaré por volta das 9h15.

O Centro de Reabilitação de Animais Marinhos (CRAM) já realizou a necropsia ao animal, que se encontrava “bastante decomposto”, explicou Marisa Ferreira, da Rede de Arrojamentos do Norte, ao Observador. Mas ainda não foi possível identificar o que poderá ter causado a morte. A baleia não se alimentava “há algum tempo” e tinha os “intestinos vazios”, disse.

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No local estiveram ainda presentes a polícia marítima da Nazaré (com cinco elementos e quatro viaturas), a GNR de Valado dos Frades (com uma viatura e quatro elementos), a Unidade de Controlo Costeiro da Nazaré, a Unidade de Controlo Costeiro da GNR, os bombeiros voluntários das Caldas da Rainha (seis elementos e duas viaturas), uma ambulância, uma viatura de combate de incêndios urbanos, a Estação Salva-vidas da Nazaré, assim como Gui Caldas, coordenador da Proteção Civil das Caldas da Rainha, e Mário Cerol, coordenador da Proteção Civil da Nazaré.

Baleia de 18,8 metros encontrada morta vai ficar pela segunda noite consecutiva no porto da Nazaré

O mamífero foi encontrado na segunda-feira passada, na praia de S. Romeu, situada em Salir do Porto, nas Caldas da Rainha e retirado do local às 15h15 no dia seguinte, aproveitando a ajuda da maré, tendo sido depois rebocada ao longo de três horas até ao porto da Nazaré.

Francisco Ferreira, presidente da associação ambientalista Zero, explicou à TVI24 que as causas para estes animais darem à costa podem ser variadas, mas a mais comum está ligada com a “debilitação” dos animais — quando se perdem “do seu grupo” e, ao ficarem “mais sensíveis, acabam por falecer e dar à costa”.