Gilbero Antonio Cardero Sánchez, ex-combatente do chamado Exército Rebelde — do tempo da Revolução Cubana — é o sexto militar que morre em 10 dias consecutivos, noticiou o Canal Caribe, citando uma nota do ministério das Forças Armadas Revolucionárias (MINFAR). Gilbero faleceu na quarta-feira passada, mas as causas da morte são desconhecidas, assim como o local onde faleceu.

O corpo foi cremado e as cinzas foram colocadas no panteão dos veteranos na Necrópole de Colón, em Havana, “onde permanecerão até serem transferidas para a província de Santiago de Cuba”, disse a estação cubana.

Gilberto Sánchez foi “um combatente na luta clandestina em maio de 1957” e ingressou na coluna 1 do Exército Rebelde, comandado pelo histórico Fidel Castro, diz a mesma nota. O ex-militar foi também o escolhido para “fundar a Segunda Frente Oriental Frank País” — uma frente de combate da Revolução — tendo estado sob supervisão do comandante Raúl Castro. Quando ainda se encontrava em funções, ocupou vários cargos relacionados com engenharia, com a preparação de operações militares e também em obras na área da defesa, assim como trabalhos de desenvolvimento económico e social.

Antes de Gilbero, no dia 17 de julho, o ministério das Forças Armadas Revolucionárias, citado pela a agência Prensa Latina, noticiou a morte do general Agustín Peña, chefe do exército cubano oriental. Um dia depois, o Presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel Bermúdez, lamentava no Twitter uma “notícia muito dolorosa e triste”.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Três dias depois da morte de Peña morreu Verdecia Perdomo, o general brigadeiro de reserva, que (também) acompanhou Fidel Castro. No dia 24 foi a vez de Rubén Martínez Puente, um outro militar cubano. Depois, foi Manuel Eduardo Lastres Pacheco, um general de reserva que lutou ao lado de Fidel Castro e de Che Guevara, que faleceu na segunda-feira passada, mas o MINFAR nada disse sobre as causas da morte. No dia 27, morreu Armando Choy Rodríguez, o general que atuou como coordenador geral do Grupo de História dos Combatentes de Villa Clara, conta a Universidade Central “Marta Abreu” de Las Villas, sem se saber (mais uma vez) as causas que levaram à sua morte. “As nossas mais sinceras condolências à sua família e amigos”, disse a instituição.

Cuba atravessa um período conturbado, marcado por uma onda de manifestações, com milhares de cubanos a sair à rua para protestar contra o governo comunista.