O número de mortos nas enchentes de 20 de julho, no centro da China, foi esta segunda-feira revisto para o triplo do balanço feito anteriormente, com as autoridades locais a relatar agora 302 mortos e 50 desaparecidos.

As chuvas torrenciais que atingiram a cidade de Zhengzhou, capital da província de Henan, deixaram submerso em água partes do sistema de metro e um túnel rodoviário. As ruas transformaram-se em canais, com o rápido fluxo de água a arrastar carros e pessoas.

O relatório anterior para toda a província avançou com uma centena de mortos.

A grande maioria das vítimas foi registada em Zhengzhou, onde 292 pessoas morreram e 47 estão desaparecidas. Outras dez pessoas morreram em três cidades da província, disseram as autoridades, em conferência de imprensa.

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Cerca de 14,5 milhões de pessoas foram afetadas em Henan, onde 1,5 milhão de cidadãos foram realocados após o desabamento de 89.000 casas. As perdas económicas diretas ascendem a 14.269 milhões de yuans (1.858 milhões de euros).

O governador de Henan, Wang Kai, ofereceu as condolências às famílias dos falecidos e prometeu “aprender com as lições” do desastre, para estabelecer medidas de prevenção mais eficazes no futuro.

Só entre os dias 17 e 22 deste mês, 39 cidades de Henan registaram chuvas que ultrapassaram a metade da média anual de precipitação.

O nível incomum de chuvas engrossou o leito dos rios e sobrecarregou a capacidade de absorção das cidades. Em alguns locais, a água atingiu o primeiro andar dos edifícios.

As autoridades chinesas alertaram na semana passada que algumas partes do país vão continuar a ser afetadas por clima extremo este mês.