À semelhança de como atuou a PSP, que vai punir os agentes que utilizaram peças do seu uniforme na manifestação de junho organizada pelo Movimento Zero, também a GNR vai investigar os militares que estavam “indevidamente fardados”.

Ao Observador, a GNR confirma a “existência de um processo de inquérito que se encontra em fase de instrução, estando a ser desenvolvidas diligências com vista a apurar a identificação dos militares que estavam presentes na manifestação indevidamente fardados”.

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Em causa está o uso de polos, algemas e boinas que é proibido fora dos atos de serviços dos agentes das forças de segurança, uma infração pode levar a uma multa ou pena de suspensão. Aquando da manifestação de junho, foi o próprio Movimento Zero, um grupo inorgânico que surgiu nas redes sociais em 2019 e que junta elementos da PSP e da GNR, que solicitou no dia anterior à manifestação que os agentes presentes usassem diferentes peças do uniforme nos protestos.

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Entre outros problemas, os elementos das forças de segurança reivindicaram a atribuição do subsídio de risco que o Governo prometeu até ao final do mês de junho e a atualização dos índices remuneratórios das tabelas salariais. Pediram também a demissão de Eduardo Cabrita, ministro da Administração Interna.

Já antes a PSP fizera notar que ia punir estes agentes, confirmando que estavam em instrução “processos disciplinares na sequência do uso de peças de uniforme policial por parte de polícias numa manifestação, contrariando o regulamento de uniformes aprovado pela portaria n.º 294/2016, de 22 de novembro”.