Ninguém pode colocar em causa o valor de Lewis Hamilton enquanto piloto, ele que soma recordes atrás de recordes, sendo o mais relevante o que envolve os sete títulos de campeão do mundo de F1. É certo que muitos destes campeonatos foram conquistados com o melhor carro da grelha, na ocasião os F1 da Mercedes, mas este ano o fórmula alemão não é mais rápido do que o rival da Red Bull e o piloto britânico continua à frente.

Mas se na pista parece ser imbatível, fora dela Hamilton revela uma certa tendência em dar passos maiores do que a perna. Agora parece viver obcecado com as questões raciais, arrastando consigo a Mercedes, pretendendo dar mais abertura nesta disciplina a indivíduos de outras raças, que não a branca. O problema é que Lewis Hamilton é o exemplo perfeito de que não há racismo na F1, pois apesar de ser negro, o piloto inglês foi apoiado desde o início pela McLaren e pela Mercedes, marcas com dirigentes do mais branco que há.

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Hamilton passou igualmente a bater-se pelo ambiente, ele que terá perdido o campeonato de 2016 por andar “distraído” com festas em Nova Iorque e na Califórnia, em companhia das norte-americanas Paris Hilton e Rihanna, o que obrigava a constantes (e poluentes) travessias do Atlântico em jacto privado. Alegadamente preocupado com a sua pegada ecológica, fruto do desporto que pratica, Hamilton prometeu em Setembro de 2020, numa entrevista à Reuters, que não voltaria a utilizar os seus supercarros com potentes motores de combustão. São-lhe conhecidas “bombas” como um Ferrari LaFerrari e um McLaren P1, modelos que evita utilizar, provavelmente por respeito à Mercedes, além um Shelby Cobra dos anos 60 e um Pagani Zonda 760 LH, veículo que prefere utilizar por estar equipado com motor Mercedes.

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Depois de confessar na entrevista que, dali em diante, só se deslocaria de eléctrico para proteger o ambiente, fazendo referência ao Mercedes EQC 400, Hamilton chegou ao Mónaco depois do GP da Hungria, onde foi 2º classificado, e seguiu viagem no Pagani Zonda 760 LH, que de motores eléctricos só tem os do limpa-vidros e pouco mais.

De recordar que o Zonda LH (de Lewis Hamilton) tem como base o Zonda 760 RS, modelo equipado com o V12 com 7,3 litros da Mercedes, que debita 760 cv. Aliado ao baixo peso do desportivo da Pagani, que não ultrapassa 1210 kg (ligeiramente acima dos 1200 kg do Smart EQ Forfour), o Zonda 760 LH é capaz de de atingir 350 km/h e passar pelos 100 km/h ao fim de somente 2,6 segundos. Contudo, o que o Zonda não consegue é circular com emissões zero, como Hamilton prometeu.