O primeiro-ministro de Israel, Naftali Bennett, responsabilizou o governo libanês pelos ‘rockets’ disparados sobre o seu território, independentemente de o grupo Hezbollah os ter lançado ou não.

O comentário do primeiro-ministro israelita surge alguns dias depois de uma das situações de maior violência entre Israel e o Hezbollah desde há vários anos, que poderia levar a que Israel ampliasse a sua resposta se o disparo de ‘rockets’ continuasse.

“O Líbano e o exército do Líbano têm de assumir a responsabilidade (pelo) que acontece no seu quintal”, refere Bennett em comunicado divulgado pelo seu gabinete.

Na semana passada, durante vários dias, militantes no Líbano dispararam uma grande quantidade de ‘rockets’ contra Israel, aos quais Israel respondeu com raros ataques aéreos ao Líbano.

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Na sexta-feira, o Hezbollah disparou, de novo, ‘rockets’ contra Israel e Telavive respondeu com pesados bombardeamentos de artilharia.

“É menos importante para nós se for uma organização palestina que disparou, rebeldes independentes. O Estado de Israel não aceitará que disparem sobre as suas terras”, disse Bennett.

O primeiro-ministro falou depois de Hassan Nasrallah, líder do grupo Hezbollah, dizer que retaliaria qualquer ataque aéreo futuro por parte de Israel ao Líbano, acrescentado que seria errado presumir que o Hezbollah estaria limitado por divisões internas no Líbano ou pela dura crise económica no país.

“Não se engane ao dizer que o Hezbollah está ocupado com os problemas do Líbano”, disse Nasrallah, advertindo que o lançamento de ‘rockets’ foi uma “mensagem clara”.

Israel e o Hezbollah são inimigos e lutaram até a um impasse em 2006 numa guerra que durou um mês.

O Líbano está a viver a pior crise económica e financeira de sua história moderna, que o Banco Mundial descreve como uma das piores que o mundo já testemunhou desde meados do século XIX.

Israel estima que o Hezbollah possui mais de 130.000 ‘rockets’ e mísseis capazes de atingir qualquer lugar do país.

Nos últimos anos, Israel também manifestou a sua preocupação quanto ao facto de o grupo estar a tentar importar ou desenvolver um arsenal de mísseis teleguiados de precisão.