Na última semana de julho (de 26 de julho a 1 de agosto), a quase totalidade das amostras (98,9%) analisadas pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (Insa) correspondiam à variante Delta, de acordo com o relatório divulgado esta terça-feira. Os restantes 1,1% diziam respeito à variante Alpha.

A variante Delta representou 100% das amostras na região de Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve — onde já é dominante há muito tempo —, mas também nas regiões autónomas dos Açores e da Madeira, onde chegou mais tarde.

Só no Norte e no Centro foi possível detetar outras variantes nas amostras analisadas: 3,3% das sequências genéticas do Norte e 3,0% do Centro.

Até ao momento, já foram analisadas 4.343 amostras da variante Delta. Das quais, 62 correspondem à variante Delta Plus — a variante Delta com uma mutação adicional, a K417N. A Delta Plus não foi detetada na semana em análise.

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O relatório do Insa refere ainda que não fora detetadas, nas amostras analisadas, as variantes Lambda (que se disseminou no Peru e Chile), Gamma (que surgiu em Manaus, Brasil) e Beta (com origem na África do Sul). As variantes B.1.621, detetada
inicialmente na Colômbia, e Eta (B.1.525), detetada inicialmente na Nigéria, tiveram uma prevalência de 0,8 e 0,3%, respetivamente, desde a semana que teve início a 21 de julho — a mesma prevalência referida no relatório da semana passada.

O INSA mudou o esquema de vigilância das novas variantes segundo as orientações do Centro Europeu para a Prevenção e Controlo da Doença e refere que, desde o início de junho de 2021, tem analisado 588 sequências genéticas por semana, abrangendo em média 121 concelhos em cada uma das semanas.

Desde o início da pandemia, já foram analisadas a 13.807 sequências do genoma do coronavírus SARS-CoV-2. As amostras foram recolhidas em mais de 100 instituições, incluindo hospitais e laboratórios, e representam 298 dos 308 concelhos no país, incluindo as regiões autónomas.