O norte da Argélia está desde segunda-feira a ser fortemente atingido por incêndios florestais que já causaram a morte a pelo menos 65 pessoas, 28 das quais soldados. Juntando-se assim aos países da zona do Mediterrâneo atingidos por fogos florestais desde 28 de julho — Grécia e Turquia — a Argélia está mesmo a enfrentar alguns dos incêndios mais destrutivos da história do país.
kabylia in algeria is in fire right now, houses are burning, villages are burning, people are surrounded by fire and they dont even have water pls play for them #prayforAlgeria #PrayForKabylia pic.twitter.com/WO4smW56x8
— c (@filtersmg) August 9, 2021
O governo já pediu ajuda à comunidade internacional e está em negociações com parceiros para alugar aviões de combate a fogos, informou o primeiro-ministro esta terça-feira, citado pelo jornal The Guardian.
O executivo também mobilizou o exército para apoiar o combate às chamas, que atingiram de forma particularmente violenta a região montanhosa e litoral de Cabília, reporta a agência Reuters.
O Presidente, Abdelmadjid Tebboune, declarou três dias de luto nacional pelas vítimas e cancelou as atividades do Estado não relacionadas com os incêndios. Há ainda 12 soldados em estado crítico, feridos com queimaduras.
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Fires in #Algeria @TC_Mogadishu @MikeHudema @ukinalgeria @MohamedBinZayed @1bbradfo pic.twitter.com/8Jkv8I1AS2— New African Facts (@NewAfricanFacts) August 10, 2021
O ministro do Interior afirma que os fogos foram deliberadamente ateados por incendiários, embora sem fornecer evidências, mas tendo em conta que as chamas deflagraram de forma separada e simultânea em dezenas de locais diferentes, em zonas florestais do norte do país africano. Alguns surgiram perto de casas e os habitantes tiveram de fugir.
Na região litoral de Tizi-Ouzou, vários focos originários da floresta obrigaram os residentes a usarem galhos de árvores e a lançarem água com recipientes de plástico para tentarem apagar as chamas.