O norte da Argélia está desde segunda-feira a ser fortemente atingido por incêndios florestais que já causaram a morte a pelo menos 65 pessoas, 28 das quais soldados. Juntando-se assim aos países da zona do Mediterrâneo atingidos por fogos florestais desde 28 de julho — Grécia e Turquia — a Argélia está mesmo a enfrentar alguns dos incêndios mais destrutivos da história do país.

O governo já pediu ajuda à comunidade internacional e está em negociações com parceiros para alugar aviões de combate a fogos, informou o primeiro-ministro esta terça-feira, citado pelo jornal The Guardian.

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O executivo também mobilizou o exército para apoiar o combate às chamas, que atingiram de forma particularmente violenta a região montanhosa e litoral de Cabília, reporta a agência Reuters.

O Presidente, Abdelmadjid Tebboune, declarou três dias de luto nacional pelas vítimas e cancelou as atividades do Estado não relacionadas com os incêndios. Há ainda 12 soldados em estado crítico, feridos com queimaduras.

O ministro do Interior afirma que os fogos foram deliberadamente ateados por incendiários, embora sem fornecer evidências, mas tendo em conta que as chamas deflagraram de forma separada e simultânea em dezenas de locais diferentes, em zonas florestais do norte do país africano. Alguns surgiram perto de casas e os habitantes tiveram de fugir.

Na região litoral de Tizi-Ouzou, vários focos originários da floresta obrigaram os residentes a usarem galhos de árvores e a lançarem água com recipientes de plástico para tentarem apagar as chamas.