Os dois portugueses suspeitos de violação em Gijón, Espanha, vão continuar em prisão preventiva naquele país, avança o El Comercio. A decisão foi tomada por uma juíza de instrução que, tendo em conta os contornos do crime, considerou haver perigo de fuga dos suspeitos e rejeitou um dos três recursos de libertação que a defesa dos suspeitos já apresentou.

O alegado crime remonta a 24 de julho, quando a Polícia Nacional espanhola deteve quatro homens entre os 20 e os 30 anos por agressão sexual a duas mulheres, de 22 e 23 anos, em Gijón. A queixa foi apresentada pelas 6h30 com as vítimas a contarem que tinham conhecido um deles num bar em Fomento e que aceitaram ir com ele para o hotel. No caminho, porém, encontraram mais amigos do rapaz e acabaram por ser violadas por eles.

Quatro portugueses detidos em Espanha por suposta violação de duas mulheres

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Dois dos quatro arguidos ficaram em prisão preventiva e assim permanecerão de acordo com a última decisão judicial. Os outros dois saíram em liberdade. O advogado Germán Inclán disse, no entanto, ao Jornal de Notícias que há ainda dois recursos de libertação pendentes ou, no limite, uma transferência para uma cadeia portuguesa.

Este fim de semana em entrevista ao Expresso, o advogado dos quatro portugueses manteve a mesma tese que tem defendido publicamente: a “denúncia é falsa”. Germán Inclán alega que os seus clientes “reconhecem que houve consentimento em todos os momentos para as relações sexuais”. Em causa, no entanto, estão “alguns momentos concretos”.

“Pode ter havido um determinado momento em que elas quiseram parar ou fazer outra coisa mas isso não é violação. É diferente estar numa relação sexual com alguém que é tosco ou tem falta de jeito”, disse.

Um dos quatro rapazes, segundo contam, nem sequer participou na relação sexual em grupo.

Gijón. Divergência sobre consentimento diz respeito a “momentos pontuais”, assegura advogado de defesa