A Mercedes quer extrair do EQS tudo o que seja possível em matéria de facturação. Daí que continue em busca de serviços e programas para debitar aos seus clientes, tentando fazê-los pagar por soluções que são gratuitas em fabricantes concorrentes.

Há cerca de 15 dias, soubemos que o construtor alemão propõe versões do EQS com um sistema de quatro rodas direccionais, em que as posteriores também viram, especialmente para incrementar a capacidade de manobra em cidade. Sucede que, de série, as rodas posteriores viram 4,5º, o que melhora o diâmetro de viragem, mas não de forma a fazer uma inversão de marcha em 11 metros, como acontece no Mégane RS, onde o sistema é de série. Para isso é necessário que as rodas virem 10º, pelos quais a Mercedes cobra mais 489€ por ano. O pagamento não implica novas peças ou um novo software, mas apenas retirar uma limitação do programa original.

Esta semana a Mercedes foi ainda mais longe, agora no campo de entretenimento. Para aqueles condutores que gostam de estar entretidos enquanto esperam, jogando Sudoku ou Tetris, a marca germânica oferece no primeiro ano essa possibilidade. A partir daí, só joga quem pagar 89€ por ano, isto depois de o cliente já ter investido 149.300€ num EQS 580 4Matic. Resta saber quanto cobrará a Mercedes para se poder ouvir Spotify a bordo, na conta do cliente, ou os canais de filmes de que o cliente tenha assinatura, entre outras mordomias.

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