A Associação dos Profissionais da Guarda (APG/GNR) contestou esta sexta-feira o despacho do Governo que autoriza a suspensão de férias, folgas e períodos de descanso durante a situação de alerta, em vigor até segunda-feira em 14 distritos.

Em comunicado, a APG/GNR refere que os militares da GNR e “todos os que estiveram na linha da frente no combate à pandemia” da Covid-19 “estão exaustos“, pelo que se suas férias, folgas e períodos de descanso forem suspensos “não estarão nas melhores condições físicas e psicológicas para corresponder ao que lhes é solicitado”.

O despacho publicado esta sexta-feira em Diário da República autoriza a interrupção de férias e a suspensão de folgas e períodos de descanso durante a situação de alerta para que os elementos da PSP e da GNR possam responder com prontidão a ações que exijam o “reforço de meios”, como “operações de vigilância, fiscalização, patrulhamentos dissuasores de comportamentos e de apoio geral às operações de proteção e socorro”.

A situação de alerta, esta sexta-feira declarada devido ao risco de incêndio florestal por causa do calor, abrange os distritos de Beja, Bragança, Castelo Branco, Coimbra, Évora, Faro, Guarda, Leiria, Lisboa, Portalegre, Santarém, Setúbal, Vila Real e Viseu.

A APG/GNR considera que o Governo, ao permitir a suspensão de férias e folgas e “mais grave” de períodos de descanso, “está a abrir a porta a que pelo menos em 14 Unidades da Guarda, correspondentes aos distritos em apreço, os respetivos comandantes entendam avançar com a medida, independentemente da necessidade ou não da sua aplicação”.

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