Os menores marroquinos que entraram em Ceuta em maio começaram na tarde desta sexta-feira a ser repatriados para Marrocos. O ministro do Interior enviou o despacho para a saída destas crianças e jovens à delegação do governo em Ceuta e foi montado um dispositivo policial num recinto desportivo, onde inclusive, parte destes menores tinham sido acolhidos, conta o jornal El Mundo.

Na segunda-feira, a delegada do governo espanhol em Ceuta já tinha anunciado que o executivo estava a trabalhar no regresso às famílias de todos os menores que entraram na cidade espanhola  — “é como estão melhor”, disse Salvadora Mateos. Desde o início da crise migratória de 17 e 18 de maio que a delegada defende que estas crianças voltem para casa.

“Marrocos reclama todos os seus filhos”, afirmou a delegada, quando questionada acerca daqueles que não querem regressar ou mesmo cujas famílias não apelam à reunificação. Além disso, garantiu que “vão todos embora” e que existem entidades marroquinas para cuidar destes menores.

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A crise que Ceuta viveu após a entrada massiva de imigrantes deixou em maio mais de 1.000 marroquinos alojados em instalações industriais montadas na cidade, dos quais pelo menos 800 menores (com menos de 18 anos).

Atualmente, a cidade autónoma espanhola do norte africano estava ainda a acolher mais de 700 menores, dos quais aproximadamente 200 com menos de 16 anos.

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Uma responsável da UNICEF, que se aproximou do dispositivo policial e estava a assistir à situação com descrédito, afirmou que a agência da ONU que defende os direitos das crianças “​​não está de acordo com esta prática de devolução destes menores a Marrocos”, citada pelo jornal espanhol.