Os trabalhadores do setor privado português deverão ser aumentados em média 2,2% no próximo ano, segundo o relatório “Salary Budget Planning Report”, da Willis Towers Watson, citado pelo jornal Eco.

No estudo participaram 276 empresas nacionais e prevê-se que haja uma melhoria de 2% relativamente ao aumento médio registado em 2021. Sendo que a inflação projetada para 2022 é de 1,2%, a conta resulta num aumento em termos reais de 1%.

“Os empregadores enfrentam sempre grandes desafios quando se trata de remunerações”, revelou Sandra Bento, talent & reward associate director da Willis Towers Watson, em comunicado, frisando que “apesar dos aumentos resultantes de uma certa recuperação económica à medida que a ameaça da Covid-19 diminui, as empresas precisam de continuar a gerir com eficácia os seus custos fixos durante este processo de retoma. Alguns setores estão a sair-se melhor do que outros, mas as perspetivas em geral são animadoras”.

Os setores hitech, fintech e fabrico deverão estar no topo dos aumentos, com uma previsão de 2,4%, seguidos do consumo e retalho, com 2,3% e da farmacêutica e ciências da saúde, com uma subida de 2,2%. O serviço financeiro terá as subidas mais baixas, 2,1%.

No mesmo relatório é ainda realçado o maior desafio das empresas portuguesas: reter talento. “Atrair e reter colaboradores continua a ser um grande desafio para os empregadores, embora hoje o mercado de trabalho pareça otimista e as perspetivas sejam melhores do que muitos esperavam”, afirmou Sandra Bento, que explicou que além de salários competitivos é preciso concentrar os gastos num “conjunto diversificado de programas de saúde, bem-estar e carreira para impulsionar o nível de compromisso dos seus colaboradores”.

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