A distribuição de ecocentros móveis em oito municípios do Grande Porto e de Aveiro permitiu recolher 13 toneladas de resíduos domésticos perigosos no primeiro semestre de 2021, preparando a recolha obrigatória destes fluxos a partir de 2025.

O projeto Eco+Perto, da Lipor, distribuiu 12 ecocentros móveis pelos municípios de Espinho, Gondomar, Maia, Matosinhos, Porto, Póvoa de Varzim, Valongo e Vila do Conde.

As unidades em causa permitiram recolher, no primeiro semestre de 2021, 13 toneladas de lâmpadas, resíduos de equipamentos elétricos e eletrónicos (REE), pilhas, embalagens contaminadas, tinteiros e toners, rolhas de cortiça, papel não embalagem e CDs e DVDs.

Segundo adiantou à Lusa Vítor Pereira, responsável pelo projeto, a implementação desta iniciativa foi feita de forma faseada, tendo começado mais tarde em alguns municípios, mas as quantidades recolhidas são semelhantes em todos eles.

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Foram, assim, recolhidas, em média, “três toneladas por mês, o que é perfeito, tendo em conta os resíduos de que estamos a falar”, considerou.

O responsável destacou ainda que a recolha de resíduos perigosos domésticos será obrigatória, a partir de 2025, e que esta medida serve como “preparação”.

Não sabemos ao certo quais serão os fluxos que serão obrigatórios em 2025, mas, tendo em conta a modalidade dos ecocentros móveis, será possível adaptarmo-nos aos diferentes fluxos que vierem a ser definidos”.

O coordenador dos projetos operacionais da Lipor, Filipe Carneiro, explicou que esta operação conta com o apoio das Câmaras Municipais, que gerem a mobilidade dos equipamentos.

Estes ecocentros “têm uma periodicidade e, dentro do próprio município, vão rodando, ao longo do mês, por diferentes pontos, de modo a tentar abranger o maior número de população possível”, concretizou.

Filipe Carneiro frisou que este projeto se encaixa na missão da empresa intermunicipal, porque permite “reduzir a quantidade de resíduos que são enviados para os indiferenciados”, dando-lhes, “no âmbito da circularidade, valor”, ao “potenciar a sua reciclagem”.

O responsável referiu ainda que este primeiro semestre foi um período “de aprendizagem, para a Lipor e para as pessoas”, numa altura em que a pandemia de Covid-19 veio dificultar as campanhas de sensibilização.

Este projeto, que contou com um financiamento de 85% do POSEUR, no âmbito do programa operacional Portugal 2020, e do Fundo de Coesão Europeu, “está só a iniciar”, mas irá continuar, com o apoio dos municípios envolvidos.