Trabalhadores do setor de hotelaria e restauração desfilaram esta quinta-feira, em frente a restaurantes e hotéis pela Avenida 25 de abril, na Figueira da Foz, e exigiram aumentos salariais e a reposição dos direitos laborais.

“Estamos a sair à rua, tendo em conta que consideramos necessário transmitir um sinal de confiança e ao mesmo tempo de esclarecimento, aos trabalhadores, sobre as situações que estão a passar no período de pandemia”, disse António Baião, do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Centro.

Esta quinta-feira de manhã, dirigentes e delegados sindicais dos seis distritos representados por este sindicato reuniram-se para abordar questões de ação reivindicativa, bem como a situação da contratação coletiva.

O dirigente sindical, que falava junto à Torre do Relógio, onde os trabalhadores se concentraram a exigir os “aumentos salariais”, referiu que muitos destes profissionais em período de pandemia “foram logo os primeiros a serem prejudicados, muito deles com contratos a prazo, inclusive funcionários em situação de clandestinidade do seu vínculo laboral”.

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O que aconteceu é que muitas destas empresas, porque já tinham dificuldades antes da pandemia, não foram elegíveis sequer para meter os trabalhadores em ‘lay-off’, porque tinham dívidas às finanças e segurança social”, referiu.

“Estes trabalhadores foram duplamente penalizados. Não conseguiram ir para ‘lay-off’, a sua maioria, e ao mesmo tempo ficaram sem salário para fazer face às suas despesas”, sublinhou.

António Baião falava aos jornalistas sobre o motivo pelo qual se queixam os empresários, a “falta de mão de obra”, que se deve aos “baixos salários” e aos “horários desregulados”.

Não se valoriza os trabalhadores deste setor e ao mesmo tempo o que se faz é pagar baixos salários e fazer exploração máxima em termos de ritmos de trabalho”, concluiu.

Baião disse ainda que o Governo “tem uma grande palavra a dizer” sobre a situação no setor.