Na época passada, quando o Sporting começou a ganhar vantagem na liderança da tabela com uma equipa recheada de nomes quase desconhecidos, nomes sem provas dadas ou nomes com pouca idade no documento de identificação, muitas vozes surgiram para sublinhar uma única linha de pensamento: esta era uma equipa que até poderia ter sucesso a curto prazo mas que nunca resultaria no futuro, entre inexperiência, falta de preparação e ausência de um plano B.

Perder Palhinha é perder golo, passe, ataque e defesa. E nenhuma equipa está preparada para isso (a crónica do Sporting- Belenenses SAD)

As três jornadas da nova temporada têm servido, pelo menos para Rúben Amorim, para provar que essa linha de pensamento não estava propriamente correta. Se é certo que o Sporting ainda pode perder Nuno Mendes, Matheus Nunes ou João Palhinha e que Rúben Vinagre e Ricardo Esgaio entraram no onze, também é certo que o Sporting está a atuar praticamente com a mesma equipa que foi campeã nacional em 2020/21. Ou seja, que a inexperiência, a falta de preparação e a ausência de um plano B, em teoria, estariam lá na mesma. Mas o treinador leonino explicou, na sequência da vitória deste sábado frente ao Belenenses SAD, que esta equipa não é a mesma da época passada.

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“Eles estão mais adultos. As vitórias também trazem isso. Mas também tivemos estas três vitórias no início do ano passado e depois foi o sofrimento que foi até ao fim”, disse Amorim, justificando depois o facto de ter tirado Rúben Vinagre e Ricardo Esgaio, os dois laterais, durante a segunda parte. “Neste sistema, são os rapazes que correm mais. Temos cinco substituições, faz parte do jogo. Têm tanta qualidade que podemos mudar em função das qualidades de cada um. Pode ser algo a repetir. São os que correm mais e os quatro que temos tem mostrado muita qualidade”, atirou, comentando também as entradas de Nuno Mendes, que voltou aos relvados depois de ter estado lesionado, e Pedro Porro, que também tem tido poucos minutos por ter regressado recentemente de alguns problemas físicos.

Na flash interview, o treinador dos leões acabou por confirmar que os dois golos marcados no início de ambas as partes “fizeram a diferença”. “Tivemos várias oportunidades, fizemos um excelente jogo. Rodámos muito a bola na primeira parte, cansámos a equipa do Belenenses SAD. Boa reação à perda da bola, bom controlo do jogo, não demos oportunidades ao Belenenses SAD. Fizemos um jogo muito competente”, atirou Amorim, detalhando também o porquê de ter apostado em Luís Neto e Nuno Santos no onze inicial depois de Feddal e Jovane terem sido titulares nas duas jornadas anteriores.

“Eles também trabalham. Os dois tiveram um toquezinho durante a semana. O Neto fez uma grande semana, o Nuno também. A equipa precisa sempre de sangue novo. Estão todos preparados. O Feddal fez um grande jogo em Braga, o Jovane fez um golo e uma assistência, por isso não saíram porque jogaram mal. Os outros também precisam de jogar e precisamos de toda a gente”, completou o treinador.

Com esta vitória, o Sporting somou nove pontos em nove possíveis nas três primeiras jornadas da Primeira Liga e juntou-se ao Benfica na liderança, ficando agora à espera de saber o que faz o FC Porto este domingo na Madeira contra o FC Porto. Com estas quatro vitórias nos primeiros quatro jogos da temporada, somando também a conquista da Supertaça Cândido de Oliveira contra o Sp. Braga, os leões registaram apenas o segundo ano nos últimos 31 em que conseguiram ganhar as quatro primeiras partidas oficiais, depois de 2016/17.