A Comissão Técnica de Vacinação Contra a Covid-19 entregou um parecer à Direção-Geral da Saúde (DGS) em que aconselha o reforço da terceira dose a certos grupos da população mais vulneráveis à doença, noticiou esta quarta-feira o Correio da Manhã.

Doentes com cancro, seropositivos, com síndrome de Down, transplantados há menos de três meses e pessoas vulneráveis internadas deverão receber uma dose extra do imunizante, segundo o parecer elaborado pela Comissão Técnica.

O coordenador nacional da task force do Plano Vacinação já tinha adiantado na terça-feira que deverá ser administrada a terceira dose da vacina a “doentes imunodeprimidos ou a fazer tratamento específico”, anunciando que cerca de 100 mil pessoas (cerca de 1% da população portuguesa) pertencentes a grupos vulneráveis deverão ser vacinadas.

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Sobre o reforço da inoculação para a toda a população, a Comissão Técnica da Vacinação considera que não existe um maior benefício na administração da terceira dose. No entanto, os peritos destacam que, se se comprovar que a toma extra consegue evitar manifestações graves da doença, a administração da terceira dose deverá ser alargada a outras faixas etárias.

Cabe agora à DGS tomar uma decisão final sobre a eventualidade da terceira dose. Ao CM, o organismo liderado por Graça Freitas indicou que até “à data, não existem dados suficientes que demonstrem a necessidade”, assegurando que continua “a acompanhar a evolução do conhecimento científico”. Também o vice-almirante Gouveia e Melo frisou que não há qualquer “certeza científica” sobre a terceira dose.

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