O secretário-geral da Organização das Nações Unidas, António Guterres, está “profundamente preocupado” com a situação em Cabul, onde esta quinta-feira ocorreu um atentado terrorista que causou dezenas de mortos e feridos, e convocou uma reunião do Conselho de Segurança.

Guterres “condena o atentado terrorista, que matou ou feriu numerosos civis, e estende os seus mais sentidos pêsames às famílias dos mortos”, disse o seu porta-voz, Stéphane Dujarric, durante uma conferência de imprensa.

A convocação do Conselho de Segurança, para segunda-feira, visa discutir a situação caótica no Afeganistão, depois dos atentados.

Dujarric assegurou que o chefe da ONU está a “seguir de perto a situação em Cabul, especialmente no aeroporto”, onde ocorreu o ataque, que se suspeita tenha sido realizado pelo grupo que se denomina Estado Islâmico.

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“O incidente realça a volatilidade da situação no Afeganistão, mas também fortalece a nossa determinação, enquanto continuamos a levar ajuda urgente por todo o país para apoiar o povo afegão”, acrescentou o porta-voz.

O líder do Comando Central dos Estados Unidos, general Kenneth McKenzie, confirmou esta quinta-feira 12 mortes e 15 feridos nos ataques desta tarde em Cabul, atribuindo a autoria das explosões a terroristas do Estado Islâmico.

McKenzie disse que os terroristas detonaram-se com bombas do lado de fora do aeroporto, e que se seguiu um ataque armado.

O ataque bombista ocorreu em dois pontos distintos: um, junto a um hotel da capital afegã, e outro, junto a um dos portões do aeroporto de Cabul, onde se aglomeram milhares de afegãos tentando fugir do país antes do final da ponte aérea organizada pelos Estados Unidos e seus parceiros da NATO.

São vários os relatos de vários órgãos de comunicação social sobre a atualização do número de mortos e de feridos, com a BBC, por exemplo, a citar um responsável do Ministério da Saúde do governo afegão para dizer que o número de feridos é de, pelo menos 140, e que há pelo menos 60 mortos resultantes dos dois primeiros ataques da tarde.