O presidente do Governo da Madeira, Miguel Albuquerque, classificou esta sexta-feira como “feito extraordinário” a volta ao mundo empreendida pelo navegador madeirense Henrique Afonso, a bordo do veleiro “Sofia do Mar”, que terminou após mais de 900 dias de navegação solitária.
“Foi uma viagem extraordinária e uma volta difícil, porque apanhou a crise pandémica e ele esteve condicionado em muitos locais”, disse o chefe do executivo, durante uma visita à pequena embarcação, no Cais 8, no Funchal, onde homenageou Henrique Afonso, um experimentado navegador, conhecido como “Pirata da Madeira”.
Henrique Afonso, agora com 59 anos, partiu da Madeira em 15 de janeiro de 2019 e regressou à ilha em 26 de julho de 2021, tendo aportado no Paul do Mar, após uma volta ao mundo que passou por Cabo Verde, Barbados, Martinica, Curaçau, Aruba, Colômbia, Panamá, Equador, Marquesas, Polinésia Francesa, Samoa, Vanuatu, Papua-Nova Guiné, Ilhas Leti, Timor-Leste, Reunião, África do Sul, Namíbia, Brasil e Açores.
https://www.facebook.com/watch/?v=313720450229117
Foi o primeiro madeirense a fazer sozinho uma viagem marítima de circum-navegação.
“Foi uma viagem magnífica por este mundo maravilhoso”, afirmou Henrique Afonso, indicando que a travessia mais longa, entre Brasil e Açores, durou 40 dias.
“Quanto eu cheguei, apetecia-me ir logo embora”, confessou, realçando: “Eu estava supernervoso, só por ter de me encontrar outra vez com gente.”
O navegador, natural do Funchal, disse, por outro lado, que a ajuda dos emigrantes madeirenses, que encontrou em quase todos os portos, foi fundamental para o sucesso da viagem.
“Felizmente, há sempre alguém com um coração maravilhoso disposto a ajudar”, declarou.