A Iniciativa Liberal (IL) defendeu este sábado uma gestão autárquica “muitíssimo mais flexível e aberta” na Amadora em áreas como a educação e o policiamento, num concelho que “há muito tempo deixou de ser mero dormitório” de Lisboa.

Em declarações à agência Lusa, o líder do partido, João Cotrim de Figueiredo, afirmou que a Amadora é um dos concelhos “mais populosos do país, de uma forma multicultural, que exige uma câmara muitíssimo mais flexível e aberta para a solução de problemas, seja a atração de investimento ou a redução da criminalidade”.

“Na área do policiamento achamos que há necessidade, neste caso como em outros com as mesmas características, de ter muito maior política de proximidade, não tratar zonas do concelho como uma espécie de zonas de exclusão. Sem essas políticas nunca poderá haver regresso dessa exclusão”, afirmou depois de apresentar o candidato da IL à Amadora, Nuno Ataíde.

Frisou que a IL tratará todas as questões multiculturais da Amadora “de frente, sem nunca atribuir determinadas características a uma comunidade como um todo” e sem “separar pessoas pela sua etnia, cor da pele ou origem”.

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“A Amadora é dos concelhos onde há mais pessoas que decidiram vir para cá viver e que não nasceram cá. Em qualquer altura, alguém pode ser considerado um novo amadorense e, nesse sentido, deve ser tratado como qualquer outro, independentemente da sua etnia, cor da pele ou convicção religiosa”, apontou.

Cotrim de Figueiredo reforçou que “são as pessoa as responsáveis pelos seus atos, não as comunidades a que pertencem”.

Num concelho de câmara PS, em que a atual presidente da Câmara, Carla Tavares, se recandidata pela terceira vez, afirmou que a IL “vem dizer às pessoas que o futuro que podem construir está essencialmente nas suas mãos” e que o partido é “o que mais facilmente reconhece a necessidade de ter a câmara a sair da frente, seja com o os tachos, os licenciamentos e os empecilhos” para permitirem “às pessoas fazerem as suas vidas e os seus negócios”.

Além da socialista Carla Tavares, candidatam-se aos órgãos autárquicos listas encabeçadas por Suzana Garcia (PPD-PSD/CDS-PP/Aliança/MPT/PDR), Deolinda Martins (BE), António Borges (CDU), José Dias (Chega) e Gil Garcia (MAS).

O atual executivo é formado por sete eleitos do PS, dois da coligação Amadora Mais (PSD/CDS-PP), um da CDU e um do BE.

A Amadora tem seis freguesias.

As eleições autárquicas estão marcadas para 26 de setembro.

APN // MCL

Lusa/fim