A pianista Maria João Pires, o gambista Jordi Savall, a meio-soprano Joyce DiDonato e a estreia nacional da reinterpretação das “Quatro Estações” por Max Richter são alguns dos destaques da próxima temporada de música da Fundação Gulbenkian, esta segunda-feira anunciada.

A programação da primeira parte da nova temporada de música — de setembro a dezembro — da instituição lisboeta foi esta segunda-feira divulgada e inclui o Festival Pianomania e os ciclos de Piano e Grandes Intérpretes.

Entre as estreias nacionais conta-se a de as “Quatros Estações”, de Vivaldi, reinterpretadas pelo compositor Max Richter, naquele que será o primeiro concerto da temporada da Orquestra Gulbenkian no Grande Auditório, nos dias 4 e 5 de setembro, com entrada livre mediante levantamento de bilhete a partir de dia 2 às 10h00. A direção musical vai estar a cargo de André de Ridder, com Francisco Lima Santos no violino.

Em outubro, o Grande Auditório da Fundação Gulbenkian é o cenário para o Festival Pianomania, que conta com as participações de Ivo Pogorelich, no dia 3, da “revelação” russa, Alexandra Dovgan, de 14 anos, no dia seguinte, de Rudolf Buchbinder, no dia 5, de David Fray, dia 6, e de Lucas Debargue, nos dias 7 e 8.

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Ainda com o piano no centro do palco, o Grande Auditório acolhe o Ciclo de Piano, com as presenças de Javier Perianes, no dia 23 de novembro, e de Arcadi Volodos, no dia 19 de dezembro.

A 6 de dezembro, a pianista Maria João Pires apresenta “um programa singular” no âmbito do Ciclo Grandes Intérpretes, que inclui sonatas de Beethoven, obras para canto e piano de Schubert, Mendelssohn e Pärt, sendo acompanhada pelo Coro Infanto-Juvenil da Universidade de Lisboa, dirigido por Erica Mandillo.

O músico espanhol Jordi Savall, especialista em interpretação musical historicamente informada, apresenta-se, no dia 19 de outubro, com o seu Le Concert des Nations, num programa totalmente dedicado a Beethoven, de quem serão escutadas as Sinfonias n.º 7 e n.º 6, a “Pastoral”.

O projeto do pianista e maestro norueguês Leif Ove Andsnes, “Mozart Momentum 1785/1786”, que “procura aprofundar um dos períodos mais criativos do compositor austríaco e que resultou já em vários concertos e em registos discográficos”, apresenta-se com a Orquestra de Câmara Mahler, no dia 6 de novembro.

Também em novembro, no dia 9, a meio-soprano norte-americana Joyce DiDonato, acompanhada pelo ensemble Il Pomo d’Oro, dirigido por Maxim Emelyanychev, apresenta “My Favorite Things”, um espetáculo em que interpreta árias de compositores como Claudio Monteverdi, Georg Friedrich Händel, Jean-Philippe Rameaue John Dowland.

Giancarlo Guerrero, nascido há 52 anos em Manágua, dirige, como maestro convidado da Orquestra Gulbenkian, a Sinfonia n.º 4 de Mahler, num arranjo para orquestra de câmara de Erwin Stein, com a soprano romena Valentina Farcas, que interpreta a canção “Das himmlische Leben” (“A Vida Celeste”), que fecha a obra. Este programa é apresentado nos dias 23 e 24 de setembro.

Guerrero, nesta temporada volta ainda à sala da Palhavã, desta vez na companhia da venezuelana Glass Marcano, que venceu o concurso internacional “La Maestra”, realizado o ano passado em Paris.

Os dois apresentam-se nos dias 2 e 3 de dezembro com um programa constituído pela Suite Sinfónica “Ariadne auf Naxos”, de Richard Strauss, segundo arranjo de D. Wilson Ochoa, em estreia nacional, e o “Trittico Botticelliano”, de Respighi.

Lorenzo Viotti, que foi maestro titular da Orquestra Gulbenkian nos últimos três anos, volta a dirigi-la, nos dias 28 e 29 de outubro, estreando-se como maestro convidado principal, num programa constituído pela leitura de “Metamorfoses”, de Richard Strauss, e o Concerto para Violino n.º 1, de Dmitri Chostakovitch, sendo solista Lisa Batiashvili.

Outro ex-maestro titular da Orquestra Gulbenkian, Lawrence Foster, volta a dirigi-la nos dias 14 e 15 de outubro, num programa que inclui a Sinfonia n.º 3, de Tchaikovsky, e o Concerto para Violoncelo e Orquestra, de Robert Schumann, sendo solista Kian Soltani.

O cartaz da Temporada inclui ainda o maestro alemão Alexander Liebreich que vai dirigir a Sinfonia n.º 3, de Mendelssohn, e a suite da ópera “Émilie”, da finlandesa Kaija Saariaho. Esta obra foi uma encomenda conjunta da Fundação Gulbenkian, da Ópera Nacional de Lyon e do Barbican Centre, de Londres. Este programa, pela Orquestra Gulbenkian, é apresentado nos dias 9 e 10 de dezembro.

Nos dias 22 e 23 do último mês do ano, celebrando o Natal, o Coro e a Orquestra Gulbenkian interpretam duas cantatas da Oratória de Natal, de Johann Sebastian Bach, sob a direção da maestrina norueguesa Grete Pedersen.