Foram os quatro nomes que agitaram as conversas num congresso sem história e ocuparão, agora, quatro lugares no órgão máximo de decisão do PS entre congressos. Fernando Medina, Mariana Vieira da Silva e Pedro Nuno Santos vão passar a fazer parte da Comissão Nacional do partido, por indicação da direção do PS. Juntam-se assim a Ana Catarina Mendes, que já lá estava — o que significa que o “bando dos quatro” possíveis sucessores (a que António Costa juntava Marta Temido, este fim de semana) foi escolhido para participar em mais um órgão interno dos socialistas.

Mas as figuras conhecidas dentro e fora do PS não ficam por aqui, o que significa também que, desta vez, os órgãos de decisão mais restritos no PS (a Comissão Política, o Secretariado e a Comissão Permanente) resultarão da escolha de uma Comissão Nacional com mais peso político. Este ano, os nomes que compõem a CN são os que se encontravam, em grande parte, até agora nos órgãos mais reduzidos. E, constata-se no PS, Costa ganha mais liberdade para os constituir, tendo já incluído todas estas figuras no órgão mais alargado.

A lista foi, desta vez e ao contrário do que aconteceu nos últimos congressos, construída em diálogo com o único adversário de António Costa, Daniel Adrião, que obteve 6% dos votos na votação para secretário-geral. Como Adrião diz ao Observador, houve contactos com o secretário-geral adjunto do PS, José Luís Carneiro, dias antes do congresso para apresentar uma lista única. Foi um “esforço de unidade que respeita a diversidade e pluralidade de opiniões” para que o partido se concentrasse na governação, e não em divisões internas, explicava Carneiro em entrevista ao Observador, durante o congresso.

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