Só 127 concelhos portugueses oferecem todos os quatro cursos do Ensino Secundário — Ciências e Tecnologias, Línguas e Humanidades, Ciências Socioeconómicas e Artes Visuais —, de acordo com informação avançada pelo Jornal de Notícias (versão em papel). Isto significa que a opção de escolha das diferentes áreas está limitada em 45,7% dos concelhos portugueses.

Em 49 concelhos só existem duas opções de curso. Em oito, só há um curso. Há ainda 33 concelhos onde não há sequer este nível de escolaridade, que é obrigatório, adianta o mesmo jornal.

Das 594 escolas públicas e privadas, apenas 214 — o que equivale a 36% — oferecem os quatro cursos. Em 195 (32,8%), só existem as três áreas, ficando Artes Visuais excluídas. Em 143, apenas duas. Há 33 escolas secundárias, incluindo dez privadas, que só oferecem um curso: na maioria, Ciências e Tecnologias.

Esta desigualdade prejudica especialmente os alunos que vivem no interior do país e que se vêm impedidos de escolher as áreas de Ciências Socioeconómicas ou Artes Visuais. “Os alunos do litoral são privilegiados em relação ao interior”, considera o presidente da Associação de Diretores de Escolas Públicas, Filinto Lima, em declarações ao Jornal de Notícias, defendendo que o mínimo de alunos exigido para abrir uma turma devia baixar em territórios de baixa densidade.

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