O projeto da primeira basílica do Santuário de Fátima foi concebido pelo arquiteto holandês Gerardus Samuel van Krieken, mas foi o português João Antunes que lhe deu sequência, sendo agora a sua vida e obra objeto de publicação.

“Arquiteto João Antunes — vida e obra” é o título do livro de António Borges da Cunha e Pedro Moniz, a ser lançado na tarde de 25 de setembro, em Fátima, e que percorre no tempo a vida e o trabalho do arquiteto que continuou as obras da Basílica de Nossa Senhora do Rosário.

Nascido em 1897 e falecido em 1989, João Antunes tem entre os seus principais projetos “As três Graças” e o Teatro Ginásio (ambos em Lisboa), a continuação das obras da Basílica de Nossa Senhora do Rosário (Fátima) e várias igrejas por todo o país.

Além de arquiteto, João Antunes destacou-se na área da escultura, sendo autor, entre outros trabalhos, do sacrário e dos altos-relevos dos mistérios do rosário, na mesma basílica do Santuário de Fátima.

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A sessão de lançamento do livro vai ficar marcada, também, por uma conferência sobre o impacto da mensagem de Fátima na Rússia atual, a cargo de Alexandre Havard.

A Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima ergue-se no local onde os três pastorinhos brincavam no dia 13 de maio de 1917, antes da primeira aparição.

A primeira pedra foi benzida em 13 de maio de 1928 pelo arcebispo de Évora e a dedicação celebrou-se em 07 de outubro de 1953. O título de basílica foi-lhe concedido por Pio XII, em 11 de novembro de 1954.

O edifício tem 70,5 metros de comprimento e 37 de largura e foi totalmente construído em pedra calcária da região.

A torre sineira tem 65 metros de altura, é rematada por uma coroa de bronze de sete toneladas, construída na Fundição do Bolhão, e encimada por uma cruz iluminada. O carrilhão é composto por 62 sinos, fundidos e temperados em Fátima por José Gonçalves Coutinho, e o relógio é obra de Bento Rodrigues.

O monograma NSRF — Nossa Senhora do Rosário de Fátima — que se encontra na frontaria da torre é um mosaico e foi feito nas Oficinas do Vaticano.

A estátua do Imaculado Coração de Maria que se encontra no nicho da torre é obra do padre e escultor americano Thomas McGlynn. Esculpida sob indicações da Irmã Lúcia e oferecida pelos católicos americanos, foi benzida em 13 de maio de 1958.

O templo é constituído por uma grande nave com capela-mor, transepto e duas sacristias, uma das quais foi convertida em lugar de culto (Capela de S. José).

No seu interior estão sepultados os restos mortais dos três videntes de Fátima — Jacinta, Lúcia e Francisco.