Ángel Di María, mais um dos craques da super equipa do PSG, agora reforçada com Leo Messi, concedeu uma entrevista à TyC Sports onde além da sua vida em Paris, na seleção argentina e na relação, em ambas equipas com aquele que diz ser o “melhor jogador do mundo”, falou de José Mourinho e Cristiano Ronaldo. Di María cruzou-se com os portugueses no Real Madrid, clube ao qual chegou vindo do Benfica, onde deu nas vistas aquando da primeira passagem de Jorge Jesus pelo comando das águias.

Sobre Cristiano Ronaldo, recém coroado melhor marcador de sempre de seleções depois do bis da passada quarta-feira frente à Irlanda, Di María diz, como já tantos outros disseram, que o capitão da seleção nacional é outras pessoa fora do campo: “No meu primeiro aniversário quando estava no Real Madrid tinha alguns amigos na cidade. Convidei Pepe e Marcelo, que andavam sempre com Cristiano e então convidei-o também, se queria vir a minha casa. Pensei que não viria, mas depois mandou-me uma mensagem a dizer que sim e sentou-se connosco a beber uma cerveja, tranquilo. Surpreendeu-me. Fora do campo é outra pessoa“.

Agora sim, não há como ele: Ronaldo isola-se como melhor marcador de sempre de seleções (e igualou outro recorde aos 36 anos)

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Sobre Mourinho, outra personalidade forte nacional com quem se cruzou, recorda que com ele “sempre se portou bem”, mas que no balneário “estava sempre a reclamar e reclamava com qualquer um”. “Chegou a discutir com o Cristiano Ronaldo, a dizer-lhe que não corria e punha os outros a correr por ele”, contou, acrescentando ainda uma história curiosa mas, que vinda de Mourinho, nem surpreende muito: “Eu tinha quatro amarelos e Mourinho disse-me ‘se te derem cartão amarelo neste jogo dou-te quatro dias de folga”. Entrei, fiz uma falta duríssima e quase fui expulso. Acabei a ganhar os dias de folga”. “O Cristiano Ronaldo lutou para que eu ficasse no Real Madrid. Sergio Ramos e Casillas não queriam que eu fosse embora, mas com o Florentino Pérez era tudo muito difícil”, acrescentou.

Depois de Madrid, Di María foi para Manchester jogar no United — que agora volta a receber Cristiano Ronaldo — e como que foi vítima da maldição da camisola 7 (“mais uma camisola”), que por muitos passou, sem muito sucesso. Aí culpa o treinador Van Gaal, o “pior” que já apanhou, até “insuportável”. O argentino “marcava ou assistia num jogo e ele vinha depois mostrar vídeos de passes falhados”. “Colocou-me de parte desde o dia um porque não queria que os jogadores fossem mais importantes”, frisou o jogador do PSG.

Paris Saint-Germain esse onde, apesar de ainda faltar a tal Liga dos Campeões tão desejada na Cidade Luz, parece ter reencontrado a felicidade, ao lado de craques como Neymar, Mbappé e agora Leo Messi ou, como Di María lhe chama, “Enano” (anão em português).  “No princípio não lhe chamava isso, mas quando ficámos amigos sim. Como ele me chama ‘Fide’ eu chamo-lhe ‘Enano’, já é assim há algum tempo e continuará. Trato-o como mais um, como ele gosta. É por isso que ele sempre se deu mais com quem o trata como mais um. Porque se o tratarmos pelo que ele é, um ‘extraterrestre’, ele fica numa bolha que não gosta. Gosta de rir, divertir-se, comer um assado connosco. É o melhor do mundo, mas ao fim ao cabo é Leo, é ‘Enano’, e gosta que o tratemos assim”, disse sobre o colega e amigo.

O 30, o número que Messi escolhe quando quer mudar o mundo

Di María, que resolveu a recente final da Copa América frente ao rival Brasil, falou ainda sobre a mágoa que tem em relação ao Mundial 2018, em que a Argentina foi eliminada pela França, que se sagraria campeã mundial. “Mbappé disse-me depois em Paris que após o nosso 2-1 eles ficaram ‘cagadísimos’ [é preciso traduzir?], remetidos atrás. Mas depois tivemos o azar de marcarem um grande golo do outro mundo e a velocidade de Kylian matou-nos. Podíamos ter passado”, frisou.