A Marinha anunciou esta sexta-feira que a primeiro-grumete Adriana Oliveira, com 24 anos e natural de Vila do Conde, se tornou a “primeira mulher, militar, a concluir o exigente curso da classe de Mergulhadores da Marinha”.

Em comunicado, a Marinha indica que a classe de militares que “concluem agora o curso de especialização”, em que se inclui Adriana Oliveira, tinha jurado Bandeira a 3 de julho de 2020, após terem terminado a recruta.

“Seguiu-se a exigente fase do curso para a especialização da sua classe. Mais de um ano depois, os 10 militares, onde se inclui a primeiro-grumete Adriana Oliveira, concluem com aproveitamento o curso que lhes garante o ingresso na Classe de Mergulhadores”, lê-se no comunicado.

Com 24 anos, a primeiro-grumete Adriana Aquino de Oliveira é “natural de Vila do Conde e é licenciada em Ciências do Mar, pela Universidade dos Açores”.

Segundo a Marinha, os Mergulhadores “constituem a componente operacional” da “área do mergulho militar e inativação de explosivos, através do emprego de equipas altamente especializadas que operam num largo espetro de missões, tanto em tempo de paz, como em tempo de guerra”.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

“Os Mergulhadores da Armada têm capacidade de mergulhar até 81 metros de profundidade. (…) Têm participado ao longo da sua existência em diversas missões de interesse público e noutras missões de relevo, quer nacionais, quer internacionais”, frisa a Marinha.

Fruto da “relevância da sua ação”, a classe de Mergulhadores já foi condecorada com a Medalha de Ouro de Serviços Distintos e a Ordem do Infante D. Henrique.

Em março, o ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, informou que, em 2020, o número de mulheres no efetivo das Forças Armadas subiu de 12% para 13%.

Numa mensagem publicada no portal da Defesa Nacional, Gomes Cravinho indicava que as mulheres representavam também “40% dos dirigentes civis”, assinalando que, passados 30 anos sobre a abertura das fileiras militares às mulheres, há duas mulheres generais e “muitas são oficiais superiores com cargos de comando, direção”.

Em 2017, a taxa de participação das mulheres nas Forças Armadas portuguesas era de cerca de 11%, com 3.002 mulheres entre os 27.948 militares do efetivo.