Laura Borràs, presidente do Parlamento da Catalunha, discursou na passada quinta-feira em catalão aos jornalistas depois de uma reunião parlamentar, onde explicou os assuntos que foram tratados no encontro. No final, um jornalista dirigiu-se à presidente em catalão e pediu um resumo das declarações na língua castelhana. A presidente recusou-se, argumentando que enquanto presidente da instituição catalã, só se iria expressar em catalão.

“Estamos aqui como representantes do Parlamento. Quando faço declarações institucionais enquanto presidente do Parlamento, faço-as em catalão, e é isso que estou a fazer. Vocês têm as declarações, existem formas de colocar legendas e há tradutores que também trabalham”, insistiu Borràs.

A associação Impulso Ciudadano descreveu como “sectária” a recusa da Presidente em usar o castelhano, e relembra a existência de três línguas oficiais na Catalunha: castelhano, catalão e aragonês. A entidade diz que a atitude é “um desprezo para com a maioria dos catalães que usam o castelhano como língua materna”.

É normal que os membros do Parlamento se dirijam aos ‘media’ em catalão e, quando solicitados, repitam algumas ideias principais em castelhano. Esta não é a primeira ocasião em que Laura Borràs se recusa a fazê-lo, tendo acontecido o mesmo em julho depois de uma reunião com o presidente da Generalitat, Pere Aragonès.

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