Otávio estreou-se na convocatória da seleção nacional, foi este sábado titular e marcou logo um bom golo que acabou por dar algum sossego a Portugal, que venceu o Qatar por 3-1 num jogo disputado em Debrecen, na Hungria.

À RTP, depois do encontro, Otávio mostrou-se feliz pela estreia: “Estou sem palavras, estrear-me com um golo… mas o mais importante é a vitória e pensar no próximo jogo que é importante”.

Referindo que foi “bem recebido por toda a gente” que lhe deu “confiança”, o médio do FC Porto ficou muito contente com o golo marcado. “Nunca senti isto na minha vida. Vou guardar para sempre“, disse, acrescentando que “é mais um para ajudar”. “Se o mister precisar de mim estou aqui”, frisou.

E por falar em mister, Fernando Santos, mesmo que elogiando a “organização defensiva da seleção”, que esteve “muito bem durante toda a primeira parte”, admitiu que “os primeiros 15 minutos” podiam ter sido melhores. A equipa começou o jogo “a roubar muitas bolas”, mas depois houve “muita lentidão na circulação de bola e passes desnecessários que permitiram contra ataques ao Qatar, algo que fazem bem, e criaram duas ou três ocasiões”.

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“Depois desses 15′ criámos bem, com situações de golo e confiança, e a equipa tirou contra ataque ao Qatar. Fizemos 2-0 e podia ter sido mais. Na segunda parte os primeiros dez minutos estivemos bem. Mas depois desligámos outra vez um pouco do jogo, deixámos o adversário pegar na bola e fazer golo. Dentro do campo os jogadores começam a sentir facilidade em jogar no meio campo adversário e acaba por haver algum descontração. Jogámos para lá do meio campo e hoje procurámos jogar de forma diferente, num 4x4x2, que não é fácil porque jogámos com um mais três perto dos avançados. Não é fácil, mas a equipa esteve bem a jogar a sair a três, com laterais a envolverem-se. Não havendo tempo para treinar, responderam bem”, afirmou.

Explicando que na manhã deste sábado fez algo “raro” com os jogadores, que foi ir ao campo treinar bolas paradas, Fernando Santos diz que “uma equipa que sofre nove golos em cinco jogos não pode deixar ninguém sem ser preocupado”. Disse que a equipa ia “procurar retificar”, até porque sempre foi “raro” sofrer golos de bola parada.

Sobre Otávio, já se sabe que o selecionador não gosta de individualizar, mas afirmou que o médio “fez parte do grupo de jogadores durante 30 minutos estiveram muito bem”.