Lisboa, 07 set 2021 (Lusa) – Um estudo da Intrum, empresa especializada na recuperação de crédito, aponta que 58% das empresas portuguesas afirmaram que a pandemia de Covid-19 as motivou a melhorar a gestão de risco dos pagamentos em atraso, foi esta terça-feira divulgado.

“O EPR 2021 — European Payment Report, estudo da Intrum, revela que 58% das empresas portuguesas afirmaram que a pandemia os motivou a melhorar a sua gestão de risco dos pagamentos em atraso. Um valor em linha com a média europeia, que se situa nos 59%”, pode ler-se no comunicado da empresa enviado esta terça-feira à Lusa.

De acordo com a Intrum, em 2020 as empresas viveram uma “nova realidade” que as levou, em 2021, a fazer “uma gestão diferente e mais atenta”.

“Ainda assim, a Covid-19 contribuiu para uma mudança de mentalidade nas empresas, levou à adoção de novas estratégias, comportamentos e, as empresas portuguesas não foram exceção alterando as suas prioridades estratégicas”, considera a Intrum.

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Segundo a empresa, em Portugal 34% das companhias “referiu ter como prioridade estratégica” em 2021 “a reavaliação de contratos com os principais fornecedores e parceiros”.

Entre os outros objetivos, 32% das empresas respondeu também querer “fortalecer a liquidez e tesouraria”, 30% pretende “desbloquear um novo crescimento” e 27% “melhorar a gestão da dívida”.

De acordo com o documento, durante a pandemia “a aceleração digital do negócio foi a medida mais adotada pelas PME [pequenas e médias empresas] (38%)”.

Em contrapartida, apenas 20% das grandes empresas seguiu este caminho. O desenvolvimento de novos produtos e serviços foi a medida mais adotada pelas grandes empresas (26%), cinco pontos percentuais acima da média europeia”, aponta ainda o estudo da Intrum.

Por outro lado, as PME portuguesas “ficaram-se pelos 16%” nos novos desenvolvimentos, mas “acima da média europeia, que foi de 12%”.

Relativamente a este ano, “48% dos empresários portugueses afirmam estar entusiasmados com o crescimento e o futuro, mais do que em anos anteriores”, aponta a Intrum, relevando também que a nível europeu esta percentagem fica nos 45%.