É com “A Lenda do Cavaleiro Verde”, de David Lowery, uma releitura da história arturiana Sir Gawain and the Green Knight, que abre esta terça-feira, dia 7 de Setembro, (20h30, São Jorge — Sala Manoel de Oliveira), a 15.ª edição do MOTELX-Festival Internacional de Cinema de Terror de Lisboa. Às secções que compõem o festival tradicionalmente, junta-se este ano uma especial, ‘Fúria Assassina — Mulheres Serial Killer’, composta por seis filmes nos mais variados registos, em que são elas a matar. É o caso de “The Countess”, de Julie Delpy, “Serial Mom”, de John Waters, ou “Office Killer”, a única longa-metragem de ficção realizada por Cindy Sherman. O MOTELX 2021 decorre no Cinema São Jorge e encerra a 13 de Setembro (ver aqui toda a programação e informações). Eis 10 filmes a não perder na edição deste ano.

“The Countess”

De Julie Delpy

Está inédito em Portugal este filme escrito, realizado e interpretado por Julie Delpy em 2009, em que ela personifica a condessa húngara Elizabeth Báthory (1560-1614), que terá torturado e matado centenas de raparigas e mulheres virgens para se banhar no sangue delas, o que a tornaria eternamente jovem e bela. E a quem Delpy procura dar aqui uma dimensão mais humana. Também com William Hurt e Daniel Bruhl. (Dia 7 de Setembro, 19h00, São Jorge 2)

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“A Lenda do Cavaleiro Verde”

De David Lowery

O realizador de “História de um Fantasma” e “A Lenda do Dragão” assina esta nova versão para cinema da história arturiana de Sir Gawain e do Cavaleiro Verde. Gawain, sobrinho do Rei Artur e cavaleiro da Távola Redonda, parte numa jornada para se confrontar com o misterioso Cavaleiro Verde, após já o ter combatido em Camelot. Com Dev Patel, Alicia Vikander e Joel Edgerton. (Dia 7 de Setembro, 20h30, São Jorge — Sala Manoel de Oliveira)

“Willy’s Wonderland”

De Kevin Lewis

Este é um dos vários filmes fantásticos que Nicolas Cage tem rodado nos últimos tempos e nos quais combate todo o tipo de entidades sobrenaturais. Em “Willy’s Wonderland”, realizado por Kevin Lewis, Cage interpreta o supervisor de um espaço lúdico que fica lá preso e é atacado pelos bonecos dos vários jogos eletrónicos, que estão possuídos por espíritos malignos. (Dia 11 de Setembro, 00h15, São Jorge 3 / Dia 12, 19h30, São Jorge 2)

“Mad God”

De Phil Tippett

Um dos maiores nomes da história dos efeitos especiais, Phil Tippett demorou mais de 30 anos para concluir este filme em animação fotograma a fotograma. “Mad God” é um exercício de fantasia grotesca, passado numa cidade em ruínas habitada por criaturas disformes ou horrendas. Surge então o Assassino, que vai explorar este tenebroso e labiríntico lugar. Tem “filme de culto” escrito por toda a parte. (Dia 12 de Setembro, 18h00, São Jorge, Sala Manoel de Oliveira)

“The Samejima Incident”

De Jirô Nagae

Uma lenda urbana japonesa relacionada com a Internet está na base deste filme de terror. Um grupo de ex-alunas de um colégio que faziam parte do clube de música, realiza a reunião anual “online” por causa da pandemia. Uma delas não comparece e então, Yuki e Suzu contam como, juntamente com a colega que falta, visitaram um prédio devoluto associado ao terrível “Incidente de Samejima”. (Dia 7 de Setembro, 00h05, São Jorge, Sala Manoel de Oliveira)

“The Night”

De Kourosh Ahari

Americanos e iranianos associaram-se para fazer este filme de terror rodado nos EUA. Babak e Neda, um casal iraniano que vive nos EUA e vai em viagem de carro, hospeda-se com a sua bebé, num hotel tão vistoso quanto misterioso, para lá passar apenas uma noite e depois voltar à estrada. Mas vão ficar lá presos por uma força malévola e confrontar os seus medos mais inconfessáveis. (Dia 12 de Setembro, 15h10, São Jorge, Sala Manoel de Oliveira)

“In the Earth”

De Ben Wheatley

Depois do desastroso “remake” de “Rebecca” para a Netflix, o inglês Ben Wheatley regressa ao território do fantástico com esta fita passada numa altura em que o mundo procura encontrar uma cura para um vírus que o assola. Entretanto, um cientista e uma guarda-florestal embrenham-se numa mata para irem testar equipamento, no que pensam ir ser um exercício de rotina. (Dia 10 de Setembro, 20h40, São Jorge, Sala Manoel de Oliveira)

“Messe Basse”

De Baptiste Drapeau

Julie, uma rapariga que entrou para a Universidade de Bordéus arranja alojamento em casa de Elizabeth, uma viúva, que lhe aluga um quarto em troca da execução de tarefas domésticas no dia-a-dia. A senhora põe apenas uma condição à jovem: que ela se comporte como se o marido ainda estivesse vivo. E Julie começa, pouco-a-pouco, a sentir a presença deste. Com Jacqueline Bisset e Alice Issaz. (Dia 7 de Setembro, 17h45, São Jorge, Sala Manoel de Oliveira)  

“A Glitch in the Matrix”

De Rodney Ascher

E se houvesse um fundo de verdade na trilogia “Matrix” e estivéssemos mesmo a viver num mundo que é uma gigantesca simulação, um imenso jogo digital? Rodney Ascher, o autor de “Room 237”, pega nesta ideia (ou Teoria da Simulação) e, partindo de uma conferência do escritor de ficção científica Philip K. Dick, tenta aqui dar-lhe fundamentação tecnológica e filosófica (e estará mesmo a falar a sério?). (Dia 7 de Setembro, 18h00, São Jorge 3)

“The Amusement Park”

De George A. Romero

Em 1973, uma instituição religiosa luterana encomendou a George A. Romero uma fita sobre os maus-tratos sofridos pelos velhos. O resultado, uma visão de pesadelo metafórica e passada num parque de diversões, não agradou mesmo nada a quem fez o pedido e a obra foi posto de parte, embora tenha passado em festivais e outros eventos. Restaurado em 2017 pela plataforma de “streaming” Shudder, especializada em terror, “The Amusement Park” foi relançado e tem agora vida nova. (Dia 10 de Setembro, 18h50, São Jorge 3).