Durante uma única sessão do julgamento, o tribunal da província de Ca Mau (sul) declarou Le Van Tri, de 28 anos, culpado de “propagação de doenças infecciosas graves a outros”, disse a agência de notícias vietnamita (VNA) estatal.

De acordo com o tribunal, o réu interrompeu uma quarentena obrigatória de 21 dias em julho, ao deixar a cidade de Ho Chi Minh (antiga Saigão, no sul) e infetou pelo menos oito pessoas, uma das quais morreu depois de um mês a receber cuidados médicos.

Além de Le Van Tri, o Tribunal condenou ainda mais duas pessoas a 18 meses e dois anos de prisão, com pena suspensa, também acusadas de espalhar a Covid-19.

Até abril, a resposta das autoridades vietnamitas tinha conseguido manter a pandemia da Covid-19 sob controlo, com apenas 35 mortes no total.

Mas o último surto da variante delta do novo coronavírus levou a um confinamento rigoroso em Ho Chi Minh, a cidade mais populosa do país, com os residentes proibidos de sair de casa desde 23 de agosto.

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Apesar dos confinamentos, o número de casos é superior a dez mil por dia. Desde o início da pandemia, o Vietname contabilizou mais de meio milhão de infeções e mais de 13 mil mortes.

Na semana passada, o primeiro-ministro vietnamita, Pham Minh Chinh, reconheceu que o confinamento não pode ser mantido para sempre devido aos problemas económicos que cria e sugeriu que o Vietname devia mudar a estratégia de eliminação total do vírus para encontrar uma forma de viver com a doença.

Apenas 3% dos 97 milhões dos habitantes do Vietname receberam as duas doses necessárias para completar o processo de vacinação, enquanto cerca de 18% receberam a primeira dose.