O ano letivo 2019/2020 ficou marcado por menos alunos inscritos em todos os graus de ensino, pelo aumento da taxa de escolarização e pela diminuição de “chumbos” e desistências, revelam estatísticas oficiais hoje divulgadas.

A Direção-Geral de Estatísticas de Educação e Ciência (DGEEC) divulgou, esta sexta-feira, a publicação “Perfil do Aluno 2019/2020”, que reúne dados deste ano letivo em todos os graus de ensino (desde o básico ao superior) em estabelecimentos públicos e privados de Portugal continental, e incluindo a educação pré-escolar.

Em 2019/2020 havia um total 1.903.590 alunos inscritos, menos 3.580 face ao ano letivo 2018/2019 por força da diminuição de matriculados nos ensinos básico e secundário.

Recuando ao ano letivo 2008/2009, que totalizou 2.317.914 alunos inscritos, por efeito de mais crianças e jovens no pré-escolar, básico e secundário, 2019/2020 foi o pior ano letivo para as estatísticas de matriculados em 12 anos letivos, apesar de ter sido o melhor em termos de número de estudantes inscritos no ensino superior, com um total de 390.930.

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De acordo com a publicação, em 2019/2020 havia 151.948 alunos estrangeiros matriculados nos ensinos básico, secundário e superior.

As estatísticas reunidas pela DGEEC revelam que a taxa de escolarização no ano letivo em análise aumentou do pré-escolar ao secundário, mas, no caso particular do primeiro ciclo do ensino básico, manteve-se abaixo dos 100% alcançados nos anos letivos 2008/2009 a 2012/2013, ao fixar-se nos 97,2%.

Em 12 anos escolares, a taxa de retenção e desistência foi em 2019/2020 a mais baixa, de 2,2% para o ensino básico e 8,4% para o secundário.

O recorde de “chumbos” e desistências (abandono escolar, anulação de matrícula ou exclusão por excesso de faltas) pertence ao ano letivo 2012/2013 para o nível básico (10,2%) e a 2010/2011 para o secundário (20,5%).

Segundo as estatísticas oficiais, em 2019/2020 concluíram a escolaridade obrigatória 215.914 crianças e jovens.

Numa nota à imprensa, o Ministério da Educação salienta que “o esforço de Portugal na qualificação dos jovens reflete-se, de forma significativa, em particular no ensino secundário”, com uma subida de 12 pontos percentuais na taxa de escolarização numa década.

A tutela realça igualmente “o esforço das escolas na promoção do sucesso escolar”, apontando a redução em 2019/2020 de 2,6 e 4,5 pontos percentuais nos “chumbos” e nas desistências no 3.ºciclo do ensino básico e no secundário, respetivamente, face ao ano letivo 2018/2019.