Como controlar um clássico? Os árbitros nacionais têm várias formas de responder a esta pergunta com um sem número de soluções. Falar mais, acalmar o jogo, chamar os jogadores, puxar logo dos cartões. Nuno Almeida, o juiz da Associação de Futebol do Algarve nomeado para o primeiro clássico da temporada entre Sporting e FC Porto, foi pela última e não fez a coisa por menos: logo nos cinco minutos iniciais, puxou por três vezes do amarelo noutras tantas faltas, deixando em aberto o que seria a restante gestão do jogo.
[Ouça aqui a análise do antigo árbitro Pedro Henriques no Sem Falta da Rádio Observador]
“Marcano e Porro deviam ter sido expulsos por acumulação de amarelos”
Bruno Costa, por uma entrada com o braço na cara de Pedro Porro, abriu as hostilidades (2′), Rúben Vinagre “empatou” as contas com uma falta mais dura a travar uma saída em transição dos dragões (3′), Marcano viu também cartão por um lance com o pé mais alto (4′). Se o clássico é sempre uma partida com intensidade máxima, haveria a partir daqui um condicionamento grande adensado ainda pela sanção a Paulinho por protestos após uma falta assinalada perto da área portista (14′) – falar muito iria dar mais resultado.
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Dos cartões o encontro passou para as decisões dos árbitros assistentes, que validaram o primeiro golo do Sporting considerando que Nuno Santos estava em posição legal quando desviou da melhor forma um cruzamento de Pedro Porro (16′) e anularam uma jogada em que Taremi foi carregado por Adán na área mas partindo de uma posição adiantada antes do passe de Corona (23′). Pelo meio, os leões pediram o segundo cartão amarelo a Marcano por uma entrada fora de tempo do espanhol sobre Paulinho (20′).
⌚️Apito final: SCP 1-1 FCP
⚠️Foi igualado o máximo de ????cartões amarelos (12) num jogo da ????????Liga Portuguesa nas últimas 4 épocas:
2021/22 Sporting x FC Porto
2019/20 Paços de Ferreira x Sporting pic.twitter.com/QrYkrDx5lH— playmakerstats (@playmaker_PT) September 11, 2021
Até ao intervalo, nota ainda para um lance em que Coates ficou a pedir grande penalidade na área portista após ter sido atingido na cara por Pepe na sequência de um canto (30′) e para mais um cartão amarelo no clássico para Luís Neto após cortar a bola com o braço (38′) antes de novo caso entre Otávio e Nuno Santos, que gerou a grande confusão entre jogadores das duas equipas e mais pedidos de expulsões (42′) entre amarelos aos primeiros que começaram a onda dos empurrões, Pedro Porro e Pepe.
No segundo tempo, Nuno Almeida continuou a distribuir alguns cartões amarelos, com Otávio a pedir que um deles, exibido a Jovane Cabral, fosse de outra cor, após ter sido atingido com o braço do avançado verde e branco na cara. Até ao final, entre mais algumas quezílias dos dois lados, nota ainda para um lance em que os portistas reclamaram um penálti por assinalar por falta de Matheus Nunes sobre Pepe. Contas feitas, Nuno Almeida exibiu 12 amarelos e um vermelho num registo máximo que não pretendia.