Os jornais espanhóis têm poucas dúvidas em relação a um megaprojeto idealizado por Florentino Pérez no plano desportivo que foi acelerado pela não contratação de Kylian Mbappé. Sim, pode parecer estranho, mas é mesmo assim. Porque se é verdade que o avançado irá sempre receber um chorudo prémio de assinatura daqui a seis meses por ser um jogador livre, o Real não teve de desembolsar mais de 200 milhões de euros pela contratação este verão. Ou seja, é dinheiro que fica em caixa. Não para poupar mas para investir.

Mino Raiola, o empresário que começou a fazer pizzas, pode ser uma figura importante no futuro do clube por ter a “massa”pretendida na mão. E não é uma massa qualquer: caso Mbappé assine mesmo a custo zero com os respetivos prémios, haverá margem para atacar não só Haaland mas também outra figura que se encontra em final de contrato, Paul Pogba, ambos representados pelo agente italiano. Ou seja, uma nova base de luxo para se juntar a outras caras novas já preparadas para a renovação. Ainda assim, apesar dos pedidos das bancadas no regresso do público, o futuro pode esperar até porque o presente vale a pena.

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Mais de 500 dias depois, o Real voltou a jogar no Santiago Bernabéu. Ainda com lotação limitada, ainda com lonas a tapar partes das intervenções que continuam a decorrer, ainda sem a cobertura e todo o revestimento que vai fazer do recinto o melhor da Europa. É ali que está a galinha dos ovos de ouro para as próximas décadas, assim o clube consiga ir amortizando a dívida do empréstimo para a obra e assim consiga ter uma equipa desportivamente competitiva para encher o estádio que passará a ter muito mais, incluindo um centro comercial com lojas de luxo ou restaurantes com estrelas Michelin. Para já, e sem Mbappé, emergiram outros dois expoentes da monarquia francesa: o capitão Karim Benzema e o estreante Eduardo Camavinga.

O encontro com o Celta de Vigo foi tudo menos fácil, com o conjunto galego a inaugurar o marcador logo a abrir por Santi Mina e a sair mais tarde em vantagem para o intervalo com um grande golo de Franco Cervi. No segundo tempo, houve um autêntico vendaval ofensivo da equipa agora (neste caso, mais uma vez) orientada por Carlo Ancelotti, que viu Benzema fazer um hat-trick e Camavinga marcar seis minutos depois de entrar em campo pela primeira vez ao serviço do clube numa goleada que ficou selada por 5-2.

Com estes resultado, o Real Madrid juntou-se ao Valencia e ao Atl. Madrid na liderança da Liga com um total de dez pontos (três vitórias e um empate), sendo ainda o melhor ataque da prova (13). Já Camavinga tornou-se o segundo jogador mais jovem do clube a marcar na estreia este século, sendo apenas superado nesse particular por Rodrygo. E, falando ainda de franceses, Benzema leva cinco golos e quatro assistências nas quatro primeiras jornadas. Quando e se aparecer também Mbappé, como será a festa?