Quatro mulheres e uma criança de apenas seis anos foram feridas com uma faca de cozinha este sábado ao fim da tarde no autocarro em que seguiam em Rimini, estância balnear italiana na costa do Adriático. Um requerente de asilo somali, de 26 anos, foi detido pelas autoridades que, para já, descartam qualquer hipótese de que se tenha tratado de um ataque terrorista, noticiou este domingo a agência Reuters.

Luciana Lamorgese, a ministra italiana do Interior, disse em comunicado que o incidente foi “extremamente grave” e que vai estar em Rimini já esta segunda-feira, para uma reunião de segurança. Num vídeo entretanto partilhado no Facebook, Matteo Salvini, líder do partido de extrema-direita Liga Norte, já veio criticar a postura da ministra e aproveitou para voltar a exigir políticas mais restritas de imigração no país.

De acordo com a edição local do Corriere della Sera, a criança esfaqueada no pescoço, um rapaz, de seis anos e origem bengali, foi operado durante a madrugada de domingo e internado nos cuidados intensivos, onde permanece em estado grave. As quatro mulheres feridas, duas delas revisoras do autocarro, encontram-se livres de perigo. O ataque terá sido desencadeado depois de terem pedido ao homem que lhes mostrasse o título de transporte.

O homem, segundo o mesmo jornal considerado violento e instável, estava alojado em instalações da Cruz Vermelha naquela região. Chegado à Europa em 2015, vindo da Somália, candidatou-se ao estatuto de refugiado na Dinamarca, na Suécia, na Alemanha e nos Países Baixos, antes de há alguns meses finalmente chegar a Itália, onde fez o mesmo pedido.

Deverá ser acusado de tentativa de homicídio, agressão e roubo na forma tentada.

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