O candidato do Livre à presidência da Câmara Municipal do Funchal, Tiago Camacho, disse esta terça-feira que as prioridades do partido no concelho assentam num “maior acompanhamento da população” e na “desburocratização do sistema”.

“Defendemos um maior acompanhamento da população, uma desburocratização do sistema ao tornar mais fácil o acesso das pessoas aos serviços que são prestados por parte da câmara”, indicou o cabeça de lista do Livre, partido que na Região Autónoma da Madeira concorre apenas à Câmara e à Assembleia Municipal do Funchal, por se tratar de um projeto novo.

A candidatura tem como objetivos conseguir a representatividade nos dois órgãos: “Só assim conseguiremos mostrar que temos um bom projeto e queremos o melhor para a nossa cidade”.

Esta terça-feira começou oficialmente a campanha eleitoral para as autárquicas 2021, que se realizam no próximo dia 26, e a candidatura apresentou o seu manifesto.

Tiago Camacho lembrou a dificuldades em constituir uma equipa aquando de um novo projeto, destacando que “as pessoas estão mais ligadas aos ‘grandes partidos’ do sistema, que tomam decisões que acabam dificultando estes novos movimentos”.

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Ainda assim, o candidato, que nasceu no Funchal em 8 de julho de 1990 e trabalha atualmente como empregado de mesa, referiu que “agora, respeitando o tempo certo de campanha previsto na lei, [os elementos da candidatura] vão para a rua ouvir as pessoas” e, se possível, ajudá-las a ter o “poder de decisão das suas vidas”.

A aposta na agricultura biológica é uma das bandeiras da candidatura do Livre no Funchal, que tem também como objetivo a “requalificação dos mercados para as suas origens”.

No programa eleitoral, o Livre indica ser precisa “uma nova aposta na área social mais próxima”, com o propósito de acompanhar e responder às necessidades da população “de uma forma mais rápida”.

Nesta estreia no concelho, o partido pretende também “combater a abstenção, combater o ‘são todos iguais, nada vai mudar'”, lembrando que nada mudará na gestão se as pessoas ficarem em casa no próximo dia 26.

O Livre é uma das oito candidaturas que concorrem no Funchal, o principal município da Região Autónoma da Madeira, um concelho atualmente governado pela coligação Confiança (PS, BE, MPT, PDR e Nós, Cidadãos!).

Na corrida eleitoral no Funchal estão também a coligação PS/BE/PAN/MPT/PDR, a coligação PSD/CDS, a coligação CDU (PCP/PEV) e os partidos Chega, PTP, PPM e JPP.

O atual executivo municipal é composto por seis elementos da coligação Confiança, quatro do PSD e um do CDS-PP. Quanto à Assembleia Municipal, tem 14 deputados da coligação, 12 do PSD, três do CDS-PP, uma do PTP e outra da CDU, e dois independentes.

A coligação e o PSD dividem a governação das 10 juntas de freguesia do concelho.