O Chega de Lisboa escolheu Campolide para o primeiro dia da campanha oficial às eleições autárquicas, que irá levar o cabeça de lista, Nuno Graciano, às 24 freguesias da capital.

T-shirts, polos e bandeiras do Chega distinguiam o grupo, com 12 pessoas, que a partir das 12h00 desta terça-feira percorreu algumas ruas da freguesia de Campolide. Entre estes estavam o cabeça de lista à Câmara Municipal de Lisboa, Nuno Graciano, o número dois, Pedro Cassiano Neves, e a candidata à junta local, Andrêa Lopes Aleixo.

Pedro Cassiano Neves e Andrêa Lopes Aleixo iam entrando em restaurantes, cafés, cabeleireiros e lojas de roupa onde deixavam folhetos e máscaras de proteção individual, com o logótipo do partido.

Durante a campanha, que Nuno Graciano iniciou no dia 7, o candidato comprometeu-se a visitar as 24 freguesias de Lisboa, acompanhado dos respetivos candidatos às juntas.

“Temos 24 candidatos a presidentes de junta de freguesia. Vamos a todas, o que para um partido tão novo é excecional”, afirmou.

A maioria das pessoas com quem o grupo do Chega se cruzou na rua foi aceitando os folhetos, muitas vezes sem se aperceber do que se tratava.

Alguns reconhecem Nuno Graciano — “sei quem é, eu era admirador dele na televisão” — e há até uma senhora, sentada na esplanada de um café e com quem o candidato troca dois dedos de conversa, que lhe pede um autógrafo.

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“Vejo-o sempre”, disse-lhe ela, apesar de Nuno Graciano já não apresentar programas de televisão há alguns anos.

Entre “vamos lá ver, vamos ter que mudar” e “a ver se isto muda”, Nuno Graciano ouve um “aqui está o homem em quem vou votar”.

É um rapaz que sai de um parque de estacionamento, de braço erguido, e que, mais tarde, há de cruzar-se com os elementos do Chega, já dentro de um carro, buzinando efusivamente.

Mas há também quem recuse interagir com o candidato e os restantes elementos do grupo.

A maioria simplesmente não aceitou os folhetos, dando sinal com um abanar a cabeça ou um “não, não”, mas houve um homem que ao recusar o papel soltou um “não sou racista”.

A meio da volta por Campolide, Nuno Graciano referiu que “ao contrário daquilo que se diz, o Chega é bem-vindo”.

“As pessoas querem de facto uma mudança, acreditam que nós podemos de facto mudar. E a recetividade das pessoas é fantástica. Adoro andar na rua, gosto muito do convívio com as pessoas”, disse.

Na freguesia que esta terça-feira visitou, Nuno Graciano identifica problemas “que são adjacentes ao resto da cidade”.

“As limpezas das ruas, as pessoas falam muito da limpeza das ruas. Lisboa parece ser uma cidade limpa, mas não é uma cidade limpa, é uma cidade suja. E problemas de segurança também, que há aqui em Campolide, problemas ligados à habitação, que também existem aqui em Campolide”, disse.

Além de Nuno Graciano, concorrem à Câmara de Lisboa Fernando Medina (coligação PS/Livre), Carlos Moedas (coligação PSD/CDS-PP/PPM/MPT/Aliança), Beatriz Gomes Dias (BE), Manuela Gonzaga (PAN), Bruno Horta Soares (IL), Tiago Matos Gomes (Volt Portugal), João Ferreira (CDU), João Patrocínio (Ergue-te), Bruno Fialho (PDR), Sofia Afonso Ferreira (Nós, Cidadãos!) e Ossanda Liber (movimento Somos Todos Lisboa).