O processo de confeção do Tapete de Arraiolos foi inscrito no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial, de acordo com um anúncio publicado esta terça-feira em Diário da República.

Com data de 26 de julho, o anúncio assinado pela subdiretora-geral do Património Cultural Rita Jerónimo salienta que “a produção e reprodução que caracterizam esta manifestação do património cultural na atualidade traduz-se em práticas transmitidas intergeracionalmente no âmbito da comunidade de artesãs e artesãos do tapete de Arraiolos, com recurso privilegiado à oralidade e à observação e participação direta”.

Do tapete de Arraiolos, bordado a lã sobre tela, conhecem-se referências já desde os finais do século XVI (1598), com origem na vila alentejana com o mesmo nome, povoada no princípio do mesmo século por mouros e judeus, expulsos da mouraria de Lisboa pelo rei Manuel I.

Segundo investigações históricas, as famílias ali fixadas encontraram abundantes rebanhos de boa lã e diversidade de plantas indispensáveis ao tingimento e fabrico das telas onde são manufaturados os tapetes, empregando a técnica do ponto cruzado oblíquo, denominada “Bordado de Arraiolos”.

A Câmara de Arraiolos, que aguarda há vários anos pela certificação dos tradicionais tapetes, pretende candidatar o tapete de Arraiolos a Património Cultural Imaterial da Humanidade, pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO, na sigla inglesa).

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