A contratação de Cristiano Ronaldo pelo Manchester United foi um happening que mudou por completo a história da Premier League na presente temporada, uma ideia reforçada com os dois golos logo na estreia frente ao Newcastle no encontro mais visto de sempre em Inglaterra. No entanto, e mesmo elogiando essa contratação, ainda há quem considere que a chegada do português não constituiu o grande reforço do ano. Não são muitos mas existem. E Stan Collymore, antigo avançado do Liverpool, foi um deles.

“Jogo com as costas na parede desde muito novo”. Lukaku, que já mexeu mais de 300 milhões, está pronto para corresponder no Chelsea

“Libra por libra, não consigo ver um jogador que seja mais importante na Premier League esta época, para a sua equipa, do que Romelu Lukaku. Se o Chelsea perdesse Lukaku por dez jogos, teria um impacto massivo em qualquer esperança do título, mesmo que o seu objetivo assumido seja só um lugar entre os quatro primeiros. O Manchester United tem Edinson Cavani, Anthony Martial, Marcus Rashford, Jadon Sancho, Mason Greenwood e Bruno Fernandes para marcar golos se a equipa tivesse de enfrentar um período sem Ronaldo. Aos 36 anos, é expectável que esta época seja menos sobre Ronaldo do que foi para as suas equipas nos anos passados”, escreveu o antigo internacional inglês num artigo de opinião.

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Quatro jogos depois, o dianteiro belga vai dando razão à opinião de Stan Collymore. E a única coisa que mudou desde o início da temporada foi mesmo a forma como celebra os golos após uma má experiência.

Num encontro complicado em Stamford Bridge diante do Zenit, o campeão europeu conseguiu apenas furar a muralha dos russos a cerca de 20 minutos do final naquela que foi a primeira oportunidade que teve e que foi aproveitada da melhor forma, num desvio de cabeça ao segundo poste após cruzamento da direita de Azpilicueta. A celebração, essa, não passou de gestos com a mão e o apontar para o símbolo dos blues, bem diferente do que acontecera no bis frente ao Aston Villa. “Não volto a deslizar de joelhos depois da celebração de ontem [sábado]”, anunciou após um festejo que por pouco não o deixou lesionado.

O “senhor mais de 300 milhões” (valor investido no total de todas as transferências até hoje) continua a justificar os 115 milhões do Chelsea ao Inter este verão, levando quatro golos noutros tantos jogos e 14 nas últimas 14 partidas realizadas em provas europeias na semana seguinte à entrevista à VTM Nieuws em que explicou com vários detalhes os passos dessa transferência. “O Inter tirou-me da m****, só teria saído para o Chelsea. Estava dentro de um buraco profundo no Manchester United. Primeiro fizeram uma oferta de 100 milhões. Depois, 105 milhões e Marcos Alonso. Depois ofereceram 110 milhões e Zappacosta mas o Inter disse que não. Depois do treino, fui ao escritório de Inzaghi. Não queria estragar o ambiente mas já estava com o Chelsea na minha cabeça. Pedi-lhe para que encontrasse um acordo”, contou.

No final, e graças a Lukaku, o Chelsea confirmou o favoritismo teórico e voltou a ganhar sem sofrer golos, outra das imagens de marca da equipa campeã europeia comandada por Thomas Tuchel. Segue-se, a seguir aos jogos das provas nacionais, o duelo grande do grupo H na Liga dos Campeões, com a deslocação a Turim para defrontar a Juventus que ganhou também na estreia por 3-0 na Suécia frente ao Malmö com três golos apontados na primeira parte por Alex Sandro (23′), Dybala (45′) e Morata (45+1′).