O cabeça de lista do Chega à Câmara de Portalegre, Luís Lupi, quer aproximar as pessoas que residem nas freguesias rurais da cidade e dar uma “nova vida” ao mercado municipal, defendendo que deverá acolher atividades culturais.

“Aquele espaço tem um potencial não só no sentido de mercado, como é evidente, tem um potencial enorme em termos culturais, por exemplo, para eventos culturais, em todas as frentes da cultura, não só necessariamente a música: podem ser exposições de cultura, eventos temáticos que a imaginação das vereações terá por obrigação de desenvolver”, disse.

Luís Lupi, que esta quarta-feira realizou durante a manhã uma ação de campanha no Mercado Municipal de Portalegre, recordou à agência Lusa que, numa outra época, as quartas-feiras em Portalegre eram “o grande dia da cidade”, onde eram efetuadas várias transações comerciais com as pessoas que viviam nas aldeias mais próximas.

“Nota-se que as quartas-feiras, que eram o grande dia da cidade, estão a perder importância, estão a perder movimento e o mercado tradicional está a ressentir-se disso”, lamentou.

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“Nós estamos vocacionados e queremos reerguer e fazer renascer, de facto, essas tradições, não só por um ponto de vista saudosista e tradicionalista. É também porque a proximidade das pessoas da freguesia com a cidade, é fundamental para o desenvolvimento da cidade em si”, defendeu.

O candidato, que apontou como “um dos objetivos fortes” da sua candidatura conseguir ser eleito vereador, quer acabar com o “clima de descontentamento” no concelho, que conduz à “insegurança” das pessoas.

“Se não há oportunidades, se as pessoas se vão embora, se as pessoas se queixam de que não têm condições para trabalhar, que o mercado tradicional não está ativo, que a cidade não está limpa, o problema da habitação social é gerido com umas regras que a população não conhece, isso tudo transmite às pessoas, necessariamente, um clima de descontentamento e esse descontentamento provoca insegurança”, disse.

O candidato do partido Chega revelou também que, nos últimos tempos, tem escutado “várias queixas” da população, destacando-se, precisamente, os problemas relacionados com os critérios utilizados na atribuição das habitações sociais e relacionados com a limpeza das ruas.

“Sinto que há aqui várias queixas recorrentes, sobretudo ao nível autárquico, sobretudo no problema da limpeza da cidade. Temos uma cidade lindíssima com 600 anos de história, que já passou por muitas vicissitudes, passou pelas revoluções francesas, mas a cidade, sendo linda, não está limpa, de facto”, lamentou.

O município de Portalegre é liderado por Adelaide Teixeira, eleita pelo movimento Candidatura Livre e Independente por Portalegre (CLIP), estando também a autarca nesta corrida eleitoral em busca de um terceiro mandato.

Além do candidato do partido Chega e da CLIP, a corrida eleitoral em Portalegre conta com as candidaturas de Fermelinda Carvalho (PSD/CDS-PP), Luís Moreira Testa (PS), Hugo Capote (CDU) e António Ricardo (BE).

As eleições autárquicas realizam-se no próximo dia 26.