O Festival MIL — Lisbon International Music Network, que junta concertos e uma convenção dedicada à promoção e internacionalização da música dos países de língua portuguesa, regressa esta quarta-feira e decorre até sexta-feira, no Hub Criativo do Beato, em Lisboa.

O MIL irá decorrer em formato presencial, depois de a edição física do ano passado ter sido cancelada, devido às restrições impostas para conter a pandemia da Covid-19, e terem acontecido algumas atividades em formato digital em 2020.

A programação musical inclui 50 concertos, com a organização a destacar: “Carla Prata, artista luso-angolana residente em Londres que faz a sua estreia nacional, YNDI, compositora franco-brasileira que conquistou o COLORS show com ‘Ailleurs’ e é tida como uma das grandes apostas do mercado francês de música para 2022, Naima Bock, baixista de Goat Girl que se inicia agora em nome próprio, Queralt Lahoz, promessa da cena de música urbana espanhola que cruza o rap, flamenco, R&B e a copla, Dino Bradão e EU.CLIDES, nomes obrigatórios na nova pop e R&B, Faux Real, duo anti-rock que mistura o punk com a disco, e Kelman Duran, produtor dominicano que está a preparar um novo trabalho para apresentar em Portugal”.

Além destes artistas, o cartaz inclui ainda, entre muitos outros, Acácia Maior, Bia Maria, Cabrita, Club Makumba, Fado Bicha, Gala Drop, Maria Reis, Marinho, Murais, Rosin de Palo, Stereoboy e Tristany.

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O MIL conta ainda nesta edição com duas residências artísticas: a primeira, desenvolvida em parceria com o Instituto Ramon Llull, juntará as espanholas Tarta Relena e os portugueses Lavoisier, enquanto a segunda, realizada em parceria com o Liveurope, convida o produtor Pedro da Linha e o músico Álvaro Romero (RomeroMartin).

Destas residências irão resultar “espetáculos únicos” que serão apresentados ao vivo no festival.

Já o programa da convenção, que, tal como o musical, pode ser consultado em www.millisboa.com, inclui ‘masterclasses’, ‘keynotes’, debates e ‘workshops’.

Nesta edição, o programa da convenção do MIL “introduz uma reflexão crítica sobre a transformação digital, onde serão abordadas as problemáticas como a soberania digital, as políticas do ‘streaming’, os direitos de autor, a crescente concentração levada a cabo pelas grandes empresas tecnológicas e as narrativas de resistência e de denúncia que neste espaço se desenvolvem”.

“De forma complementar, será debatida a importância de proteger e preservar os setores da música ao vivo e de todos os seus intervenientes, seja através do desenho de políticas culturais, do desenvolvimento de políticas de ação afirmativa ou da aposta em circuitos e artistas locais”, refere a organização.