O cabeça de lista do Iniciativa Liberal à Câmara de Leiria, Marcos Ramos, considerou esta quarta-feira à Lusa que será necessário um plano a longo prazo para o projeto Leiria Capital Europeia da Cultura e não apenas “medidas soltas”.

Admitindo que a candidatura de Leiria a Capital Europeia da Cultura 2027 “tem alguma estrutura”, Marcos Ramos considera que “não basta dizer que queremos ser Capital Europeia da Cultura em 2027″.

“E depois? Há algum desígnio por detrás? Alguma estratégia? A cultura é muito importante e Leiria é uma referência neste ponto, mas será necessário olhar para isto de forma mais estruturada”, sublinhou.

“Não é só onde estamos agora, mas onde queremos estar em 2027 como Capital Europeia da Cultura. Tem de haver um plano de longo prazo. Não podem ser só medidas soltas”, acrescentou o candidato.

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Para Marcos Ramos, é necessário “avaliar o trabalho desenvolvido pela rede até ao momento” e, “para que isto corra bem, é necessário criar uma agenda integrada com os vários agentes culturais regionais, nacionais e europeus”.

O candidato alertou ainda que terão de ser identificados “todos os impactos dos custos e benefícios com esta candidatura”, nomeadamente com a construção de infraestruturas.

“Estas obras públicas terão um custo para o contribuinte, não só da obra em si, mas da manutenção agregada e isso deve ser previsto nesta altura”, advertiu ainda.

“Mais transparência e menos burocracia” são outras medidas preconizadas pela Iniciativa Liberal em Leiria.

Para Marcos Ramos, os processos devem ser “mais claros”, com menos complicações e menos constrangimentos”.

“Só dessa forma é que conseguimos reduzir um pouco a distância entre as pessoas e o poder político“, acrescentou.

Nesse sentido, um dos projetos é a criação do portal da transparência municipal, onde as pessoas podem, por exemplo, “consultar as obras que estão a decorrer”, saber o tempo que vai demorar e o seu custo.

Outra medida passa pela “eliminação de todas as taxas inferiores a 10 euros”: “Estas taxas e taxinhas representam processos burocráticos, cujo custo normalmente é superior ao rendimento que o município obtém”, disse.

Atendendo a que “a Câmara de Leiria tem uma boa condição financeira” e está “relativamente estável”, resultado de “impostos elevados”, Marcos Ramos defendeu que se reduzam os impostos, devolvendo o IRS às pessoas.

A “redução da derrama” e a “sua eliminação, em determinados contextos”, “deve ser promovida”, pois “pode ser um fator de atração para empresas”.

Nas últimas eleições autárquicas, em 2017, o PS manteve a liderança da Câmara de Leiria, conquistando oito mandatos, enquanto o PSD obteve três.

São também candidatos à Câmara de Leiria nas eleições autárquicas de dia 26 o presidente da Câmara, Gonçalo Lopes (PS), Pedro Machado (PAN), Luís Paulo Fernandes (Chega), Álvaro Madureira (PSD), Luís Miguel Silva (BE), Fábio Seguro Joaquim (CDS-PP/MPT), Filipe Honório (Livre) e Sérgio Silva (CDU).