O alargamento do IRS Jovem anunciado por António Costa, aumentando de três para cinco anos, pode significar um ganho adicional equivalente a um mês de salário, aproximadamente, para os beneficiários – distribuído pelos cinco anos. Esta é a conclusão de simulações feitas pela consultora PwC para o Negócios, publicadas esta quarta-feira.

Em termos práticos, segundo as mesmas simulações, se um jovem tem um rendimento mensal bruto de 1.000 euros, a poupança de IRS ao fim dos cinco anos de aplicação do regime vai saldar-se em 2.038,29 euros, mais 926,5 euros do que a poupança que consegue obter-se com os atuais três anos de aplicação do regime.

Outro exemplo, um contribuinte que ganha 1.200 brutos pagará menos 2.303 euros de imposto ao longo dos cinco anos – uma poupança que é 1.047 euros maior do que aquilo que acontece hoje. Por outro lado, um jovem que recebe 1.800 euros brutos mensais irá poupar 2.784,57 euros em IRS nos cinco anos, mais 1.265 euros do que atualmente (ou seja, uma poupança proporcionalmente menor, porque a medida tem um caráter progressivo).

Este foi um programa criado em 2020 para “apoiar a entrada das novas gerações na vida ativa” mas o primeiro-ministro António Costa afirmou, num discurso no recente congresso do Partido Socialista, que no próximo ano o programa seria alargado para cinco anos, e não apenas os atuais três. A aplicação será gradual: nos dois primeiros anos haverá uma isenção de imposto para 30% do rendimento; 20% nos terceiro e quarto anos e 10% no quinto ano, o último.

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