O Teatro Académico de Gil Vicente (TAGV) vai assinalar os 60 anos de atividade em Coimbra com um ciclo de atividades que inclui teatro, música, debate, cinema e dança, num programa que pretende chegar a diferentes públicos.

O ciclo, que vai de 17 de setembro a 16 de dezembro, apresenta propostas nas mais variadas áreas artísticas que costumam marcar presença na programação do TAGV, procurando também representar a identidade daquele teatro, disse à agência Lusa o diretor da instituição, Fernando Matos de Oliveira.

Organizámos eventos que pudessem chegar a públicos diversos, seja mais no âmbito da academia, para a cidade ou para a região”, esclareceu, salientando que há propostas que procuram explorar essa “relação muito próxima” com a cidade de Coimbra.

A 2 de outubro, o TAGV acolhe a peça “Catarina e a Beleza de Matar Fascistas”, de Tiago Rodrigues, um espetáculo “representativo da força da criação portuguesa contemporânea”, salientou.

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A 21 e 22 do mesmo mês, será a vez de subir ao palco a companhia espanhola Nau d’amores, que apresenta “Nise, La Tragédia de Inés de Castro”, um espetáculo que tem como base a obra Jerónimo Bermúdez e que explora o mito que marca a cidade de Coimbra.

O TAGV vai receber também o espetáculo de dança “Bate Fado”, de Jonas&Lander, a 9 de outubro, em que é explorada a relação entre a dança, o fado e o sapateado, num exercício que tem também “ressonâncias” de Coimbra, por ter envolvido uma residência artística na cidade, salientou Fernando Matos de Oliveira.

Um concerto em torno de obras recentes de três gerações de compositoras pelo Sond’Ar-te Ensemble, uma atuação da Orquestra Todos, sessões de leitura de poesia, dois congressos internacionais (um sobre arte e ciência e outro sobre a relação entre a produção e a criação) e uma nova edição do Coimbra em Blues são outras das propostas do ciclo comemorativo do TAGV.

Pelo teatro, vai ainda passar, entre 1 e 2 de dezembro, o “Monólogo de Uma Mulher Chamada Maria Com a Sua Patroa”, da atriz Sara Barros Leitão, um espetáculo em torno das mulheres que trabalham nas limpezas e da sua luta sindical.

Comemorando 60 anos de atividade, os desafios do TAGV hoje passam “pela sustentabilidade, pela diversidade, mas também pelos desafios da criação contemporânea”, notou o diretor do teatro.

“O TAGV quer manter-se como lugar relevante da programação artística contemporânea e também como este lugar de interface entre a arte e a academia”, realçou.