O candidato do Ergue-te à presidência da Câmara de Lisboa, João Patrocínio, fez esta quinta-feira a sua primeira “arruada” da campanha eleitoral para “ouvir as pessoas” e assumiu-se pronto para substituir o “impreparado totalmente” Fernando Medina.

É preciso ouvir as pessoas, é preciso que as pessoas digam os seus problemas. E quanto mais não seja, as campanhas servem para isso”, disse João Patrocínio, depois de ter percorrido alguns quarteirões de Lisboa na zona do Saldanha e da Praça da República, acompanhado pelo presidente do Ergue-te (que anteriormente se chamava PNR – Partido Nacional Renovador), José Pinto Coelho, e um grupo de pouco mais de dez apoiantes, que levavam três bandeiras do partido.

João Patrocínio e José Pinto Coelho foram distribuindo panfletos e entre aquilo que ouviram de algumas pessoas estavam queixas em relação às ciclovias ou aos impostos que os comerciantes pagam à Câmara de Lisboa sem poder votar na cidade nas autárquicas de 26 de setembro, por residirem noutro concelho.

O candidato a Lisboa e o líder do partido consideraram as ciclovias uma “palhaçada” e “brinquedos que se constroem” em Lisboa “a pontapé”, e prometeram pensar na proposta de haver opção de concelho para votar nas autárquicas.

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Aos jornalistas, João Patrocínio disse que o Ergue-te entra em todas as corridas eleitorais “sempre com o objetivo da eleição, ou seja, eleger o máximo de deputados para a Assembleia Municipal e eleger o máximo de vereadores e até, quem sabe, ser presidente da câmara”.

Estou preparado para isso. Até podia ser o meu ego estar demasiado inflamado, mas não, porque eu vejo Medina [o atual presidente da câmara, do PS], o que tem feito, e é um impreparado totalmente, não sabe fazer mais nada, não tem experiência em mais nada a não ser em política. Eu já tenho experiência de algumas empresas, tenho experiência de vida diferente, estou preparado, venha ela”, afirmou.

Sobre “o firme propósito de devolver a identidade a Lisboa e devolver a cidade aos lisboetas, combatendo o multiculturalismo”, assumido pelo partido no dia em que foi anunciado como candidato, João Patrocínio disse que deve acabar-se de imediato com o acolhimento de refugiados, defendeu mais “fiscalização em relação a essas pessoas e em matérias de imigração” e considerou que “quem não estiver por bem, tem de ir embora” de Lisboa e do país.

Além João Patrocínio, concorrem à Câmara de Lisboa Fernando Medina (coligação PS/Livre), Carlos Moedas (coligação PSD/CDS-PP/PPM/MPT/Aliança), João Ferreira (CDU), Bruno Horta Soares (IL), Nuno Graciano (Chega), Beatriz Gomes Dias (BE), Manuela Gonzaga (PAN), Tiago Matos Gomes (Volt), Sofia Afonso Ferreira (Nós, Cidadãos!), Bruno Fialho (PDR) e Ossanda Liber (movimento Somos Todos Lisboa).