O candidato do Iniciativa Liberal (IL) à Câmara de Viana do Castelo disse esta quinta-feira que a redução da carga fiscal é uma das “bandeiras” do partido, que pretende fixar população e atrair investimento para a capital do Alto Minho.

“A carga fiscal em Viana do Castelo é das mais altas do Alto Minho. São fatores que podem ser determinantes tanto para a fixação de empresas como de pessoas (…) A autarquia sair de dentro do bolso dos cidadãos e deixar a capacidade financeira nas empresas e nas pessoas, que elas possam escolher onde querem investir e o que querem fazer”, afirmou hoje à agência Lusa, Maurício Antunes da Silva.

O candidato do IL, de 37 anos, coordenador geral e membro fundador do Núcleo Territorial de Viana do Castelo do partido, e membro do Conselho Nacional, adiantou que entre as propostas do partido para esta área consta a “redução do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) de 0,36% para o valor mínimo permitido 0,30% e devolução da totalidade do IRS ao trabalhador”.

A candidatura do IL defende ainda a “isenção da derrama municipal para as empresas com volume de negócios superior a 150.000 euros que invistam em instituições desportivas, culturais ou educativas do concelho, gerando sinergias entre a comunidade empresarial e as instituições que servem a sociedade civil”.

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Natural do Brasil, mas a viver há muitos anos na região de Viana do Castelo, Maurício Antunes da Silva quer também imprimir “transparência” no funcionamento da Câmara Municipal e promover uma “gestão participada” do município.

Maurício Antunes da Silva adiantou que “existem aplicações de software que permitem acompanhar, em tempo real, ou no máximo com prazo médio de desfasamento de 24 horas, o que está a ser executado, quanto se gastou e, em caso de dúvida, os cidadãos podem questionar a autarquia ou mesmo a assembleia municipal”.

O candidato do IL, formado em Produção e Especialização em Qualidade e Melhoria Contínua e com percurso profissional na indústria da região, propõe ainda “a transmissão em direto das sessões camarárias e da assembleia municipal, como já acontece noutros concelhos do país que são transmitidas através das redes sociais”.

A mudança da forma de votação na assembleia municipal, atualmente por braço no ar, para voto secreto é outras das medidas propostas pelo IL.

“Um presidente de Junta de Freguesia ou mesmo um deputado que queira votar contra uma medida do executivo que está em maioria pode ver condicionada a sua decisão face à possibilidade de represálias ou medo”, frisou Maurício Antunes da Silva.

O IL defende ainda, entre outras medidas, a implementação de um programa interno de melhoria contínua, desburocratização e otimização de recursos e processos com atribuição de prémios aos funcionários que consigam reduzir os custos dos seus próprios serviços, sem que tal comprometa a sua qualidade.

Além de Maurício Antunes da Silva pelo IL, concorrem ainda às eleições do dia 26, Luís Nobre pelo PS, Eduardo Teixeira pela coligação PSD/CDS-PP, Cláudia Marinho pela CDU, Jorge Teixeira pelo Bloco de Esquerda, Rui Martins pela Aliança, Paula Veiga pelo Nós, Cidadãos!, Maurício Antunes da Silva pelo IL e Cristina Miranda pelo Chega.

Nas autárquicas de 2017, o PS conquistou 53,68% dos votos e garantiu seis mandatos. O PSD atingiu os 21,25% (dois mandatos) e a CDU (PCP/PEV) alcançou 8,11% (um eleito).