O candidato à Câmara da Guarda pelo PS, Luís Couto, disse esta sexta-feira que se for eleito presidente vai desenvolver o projeto de um porto seco junto da concordância das linhas ferroviárias da Beira Alta e Beira Baixa.

“Nós, sim, vamos colocar o Porto Seco na Guarda”, garantiu esta sexta-feira o candidato à agência Lusa, durante uma ação de campanha realizada na Guarda-Gare, onde se localiza a estação ferroviária que serve a cidade mais alta do país.

Luís Couto lembrou que o ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, esteve esta semana na cidade, onde participou numa conferência da candidatura sobre empreendedorismo e “demonstrou uma forma muito clara na vontade que o primeiro Porto Seco do país seja colocado na Guarda”.

“E, connosco, o Porto Seco tem que ter duas características. Primeira característica: não vir importunar a vida dos habitantes da Guarda. Ser uma mais-valia e que se consagre como a ponte para a Europa da região da Guarda e de Portugal. E tem uma outra característica, que tem que ter obrigatoriamente: [ser construído] num local que possa ter expansão”, explicou.

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O projeto está previsto para as proximidades da estação dos caminhos-de-ferro, quando, na opinião do candidato socialista, o local certo para a sua instalação “é na concordância das linhas da Beira Alta e da Beira Baixa”.

“Faz todo o sentido que seja nessa zona, porque permite a expansão, permite que os carros pesados cheguem e saiam sem perturbar a vida da cidade, mas tenham o seu trabalho, a sua função de alargar a Guarda em termos de horizontes, de promover o emprego e de promover o desenvolvimento económico”, justificou.

Luís Couto disse, ainda, à Lusa que o município já possui terrenos naquele local e, a concretizar-se a sua proposta, poderá ser feito um acesso rodoviário mais a sul da Via de Cintura Externa da cidade para servir o equipamento e “um acesso rápido às autoestradas”.

“Faz todo o sentido” instalar o Porto Seco naquele local, pela proximidade à Plataforma Logística e também ao Parque Industrial, rematou.

Segundo o candidato, o PS fala “há anos” na criação do Porto Seco na Guarda e “há mais de um ano” que a atual ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, que é também candidata à liderança da Assembleia Municipal, apresentou a ideia ao Governo.

Logo que Luís Couto assumiu a candidatura autárquica também iniciou alguns contactos “ao mais alto nível” para que o projeto “seja uma realidade”.

A autarquia da Guarda é presidida pelo PSD desde 2013, quando o partido ganhou as eleições com o candidato Álvaro Amaro, que repetiu a vitória em 2017.

Nas eleições autárquicas de 2017, o PSD obteve 61,20% dos votos e cinco mandatos autárquicos e o PS obteve 23,35% e elegeu dois vereadores.

O município é presidido, desde abril de 2019, por Carlos Chaves Monteiro, que substituiu Álvaro Amaro quando este foi para o Parlamento Europeu e que é o candidato do PSD às eleições autárquicas do dia 26 de setembro.

Na Guarda, além de Luís Couto (PS) e de Carlos Chaves Monteiro (PSD) são também candidatos Sérgio Costa (independente), Francisco Dias (Chega), Honorato Robalo (CDU), Jorge Mendes (BE) e Pedro Narciso (CDS-PP).